Participação caiu em mais da metade de 50 itens analisados pela FEE
Erik Farina
O Rio Grande do Sul tem perdido representatividade nas vendas externas em boa parte das categorias de produtos, em relação ao Brasil. Estudo desenvolvido pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), publicado na Carta de Conjuntura de setembro, mostra que, entre 2001 e 2010, o crescimento dos embarques de 26 de 50 mercadorias (responsáveis por 85% das vendas externas) foi inferior no Estado em relação à média brasileira.
"Alguns dos produtos de exportação mais importantes da pauta gaúcha, como tabaco, soja em grão, calçados e carne de frango, tiveram crescimento menor de embarques no Rio Grande do Sul do que no Brasil, o que leva a uma perda de participação do Estado na pauta nacional", afirma o economista da FEE Álvaro Garcia, autor do estudo.
No caso de produtos agrícolas, a média anual de crescimento do Estado foi inferior à nacional em praticamente todas as variedades, exceto por alguns itens, como carne suína. "O Rio Grande do Sul não tem mais para onde ampliar suas áreas de cultivo e o aumento da produtividade e dos embarques depende da modernização da produção."
Nos segmentos industriais, o quadro se repete, em especial em setores com mão de obra intensiva. A perda de competitividade do Estado na venda de calçados fica evidente: o crescimento médio na década passada foi negativo no Estado (-7%), derrubando a média nacional, embora esta em menor grau (-4%). Com a centralização da produção no Nordeste do País, a tendência é que esta diferença fique mais acentuada. "Além da perda de competitividade no mercado externo, o Rio Grande do Sul tem focado sua produção em sapatos com maior valor agregado", observa Garcia.
Por outro lado, a indústria metalmecânica tem apresentado melhores resultados em determinados setores. Na categoria de peças e acessórios, o crescimento médio dos embarques gaúchos foi de 15,5% ao ano, ante 12,6% no País. Outros setores, como tratores e máquinas agrícolas, foram prejudicados pelas dificuldades na relação comercial com a Argentina.
"O Rio Grande do Sul parece não ter aproveitado tão bem o cenário de oportunidades no mercado internacional nos últimos anos", sintetiza Garcia. "O risco é continuarmos perdendo representatividade perante Rio de Janeiro e Minas Gerais, especialmente com as dificuldades do câmbio."
"Alguns dos produtos de exportação mais importantes da pauta gaúcha, como tabaco, soja em grão, calçados e carne de frango, tiveram crescimento menor de embarques no Rio Grande do Sul do que no Brasil, o que leva a uma perda de participação do Estado na pauta nacional", afirma o economista da FEE Álvaro Garcia, autor do estudo.
No caso de produtos agrícolas, a média anual de crescimento do Estado foi inferior à nacional em praticamente todas as variedades, exceto por alguns itens, como carne suína. "O Rio Grande do Sul não tem mais para onde ampliar suas áreas de cultivo e o aumento da produtividade e dos embarques depende da modernização da produção."
Nos segmentos industriais, o quadro se repete, em especial em setores com mão de obra intensiva. A perda de competitividade do Estado na venda de calçados fica evidente: o crescimento médio na década passada foi negativo no Estado (-7%), derrubando a média nacional, embora esta em menor grau (-4%). Com a centralização da produção no Nordeste do País, a tendência é que esta diferença fique mais acentuada. "Além da perda de competitividade no mercado externo, o Rio Grande do Sul tem focado sua produção em sapatos com maior valor agregado", observa Garcia.
Por outro lado, a indústria metalmecânica tem apresentado melhores resultados em determinados setores. Na categoria de peças e acessórios, o crescimento médio dos embarques gaúchos foi de 15,5% ao ano, ante 12,6% no País. Outros setores, como tratores e máquinas agrícolas, foram prejudicados pelas dificuldades na relação comercial com a Argentina.
"O Rio Grande do Sul parece não ter aproveitado tão bem o cenário de oportunidades no mercado internacional nos últimos anos", sintetiza Garcia. "O risco é continuarmos perdendo representatividade perante Rio de Janeiro e Minas Gerais, especialmente com as dificuldades do câmbio."
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