Tempestade solar pode causar apagões, prejudicar aviação e afetar sistemas tecnológicos
Cientistas explicam que explosão no Sol lançou uma nuvem de partículas carregadas em direção à Terra
Explosão no Sol lançou partículas que devem atingir o Hemisfério Norte nesta quinta-feira Foto: NASA / AP Photo
Uma tempestade solar, considerada a maior dos últimos cinco anos, está a ponto de sacudir o campo magnético da Terra. Depois de atravessar o espaço durante um dia e meio, a enorme nuvem de partículas carregadas chegará ao planeta nesta quinta-feira e pode afetar as redes de eletricidade, os sistemas de navegação de satélites e alguns voos, especialmente no Hemisfério Norte.
Ao mesmo tempo, a tormenta pode produzir auroras boreais em pontos mais remotos dos polos do que o habitual. Cientistas disseram, na quarta-feira, que o fenômeno, o qual começou com uma enorme explosão solar no início da semana, está crescendo à medida que se afasta do Sol, expandindo-se como uma "enorme bolha de sabão".
Quando chegarem à Terra, as partículas se moverão a mais de seis milhões de quilômetros por hora. Os astrônomos dizem que o Sol tem estado relativamente "tranquilo" durante algum tempo e que a tempestade, além de forte, pode parecer mais feroz porque a Terra passou muitos anos com uma atividade solar fraca.
As tormentas solares não causam danos a seres humanos, mas prejudicam a tecnologia. No último registro, em meados de 2002, especialistas descobriram que os aparatos que utilizam o sistema de posicionamento global, o GPS, era vulnerável às erupções do Sol.
Com as novas tecnologias surgindo cada vez mais rápido, os cientistas concluíram que alguns desses sistemas também estão em risco, afirmou Jeffrey Hughes, diretor do Centro de Modelos Integrados do Clima Espacial da Universidade de Boston, nos Estados Unidos.
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