Guerra fiscal vai além da indústria tradicional
O Rio Grande do Norte entrou de vez na guerra fiscal para atrair novas fábricas. Energia e mineração estão no foco do governo estadual, em uma clara demonstração de que os incentivos dados às empresas pelas unidades da federação vão além dos setores tradicionais da indústria, como as montadoras de automóveis. Esse movimento ficou evidente na inauguração dos dois primeiros parques eólicos que a Bioenergy construiu na cidade de Guamoré, onde o Brasil literalmente faz a curva.
A cidade vive dos royalties pagos pela Petrobras pela exploração de campos terrestres de petróleo. Mas como a energia eólica agora está pulsando cada vez mais, ao lado da solar, o governo estadual conseguiu atrair uma fabricante de equipamentos para energia solar, num investimento de US$ 220 milhões feito pela norte-americana Finsolar. Além disso, já há acordos para a instalação de uma fábrica de cavalos mecânicos para a extração de petróleo em terra.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Benito Gama, o acordo com a Finsolar já foi fechado e o que falta agora é a escolha de um local para a instalação da fábrica desses equipamentos. Com isso, a perspectiva é de estimular o crescimento dessa fonte de energia. E já há estudos para isso.
Para o presidente da Bioenergy, Sergio Marques, a energia solar está em uma posição que a própria eólica esteve há cinco anos. “Nesse momento, o que falta são incentivos e um programa de longo prazo para que essa fonte decole, assim como ocorreu com a energia dos ventos, viabilizada pelo Proinfa [programa de incentivo do governo federal para a geração de energia por fontes alternativas] e, depois, com o leilão dedicado a esta fonte”, diz.
Se depender da GE, a conversa pode prosperar, segundo o líder da GE Energy para a América Latina, Jean-Claude Robert.
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