Na Alemanha, Dilma volta a criticar o "tsunami financeiro" mundial
SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar nesta segunda-feira (5) o excesso de recursos injetados na economia global, especialmente depois do empréstimo recorde do BCE (Banco Central Europeu) aos bancos do continente.
No último dia 29, a autoridade monetária europeia anunciou que € 529,53 bilhões estão à disposição de bancos da Zona do Euro para poder aquecer o oferecimento de crédito no bloco. O montante superou as expectativas do mercado, que giravam em torno dos € 500 bilhões, e também a última operação do tipo, que havia chegado a € 489 bilhões.
Dilma disse que essa expansão monetária produz desvalorização artificial das moedas e uma bolha especulativa. A presidente disse que o momento é importante para discutir os “mecanismos incorretos” de política cambial. “Por isso o Brasil quer mostrar que está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado, que é o câmbio. Não é tarifa, é o câmbio. O câmbio hoje é uma forma artificial de proteção do mercado”, disse.
Segundo Dilma, neste contexto de crise, os países desenvolvidos devem adotar políticas de expansão do investimento. “O investimento não só melhora a demanda interna, mas abre também a demanda externa por nossos produtos”, concluiu.
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