Líderes avaliam denúncia na OMC - Aumento do IPI sobre importação de automóveis
China, Coreia, Europa, Japão e EUA estudam as medidas do governo brasileiro
Bruxelas. O Brasil pode ter comprado uma guerra com a decisão de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados. Diplomatas da China, Coreia do Sul, Europa, Japão e Estados Unidos já estão estudando as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e poderiam até mesmo se unir em uma denúncia coletiva contra o governo brasileiro se ficar provado que as indústrias serão severamente afetadas.
Na quinta-feira (15), Guido Mantega anunciou que elevaria em 30 pontos percentuais o IPI de automóveis e caminhões para as montadores que não cumprirem os requisitos estabelecidos pelo governo: a utilização de no mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional (Mercosul) e investimento em pesquisa e desenvolvimento.
A decisão foi considerada uma surpresa para vários governos principalmente diante do posicionamento estratégico do Brasil para montadoras de todo o mundo nos próximos cinco anos. Hoje, 22,5% do mercado nacional de automóveis é ocupado por carros importados. Em 2009, essa taxa era de 15%.
Em Bruxelas, a União Europeia não disfarçava a preocupação, alertando que a medida tem "potencial" de violar as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas a UE não se limita a se queixar apenas do aspecto sistêmico da lei. Bruxelas negocia um acordo de livre comércio com o Mercosul e o setor automotivo é um dos pilares do tratado. Sem maior acesso a carros europeus, não haveria acordo.
A medida foi um banho de água fria para os europeus. "Cada vez que damos um passo para frente na negociação, damos dois para trás com medidas com essa", afirmou um negociador europeu, que não quis ser identificado.
Bruxelas espera ainda falar de acesso a mercados em outubro, quando a UE e o Brasil realizam sua reunião de cúpula para redesenhar a relação estratégica, com a participação da presidente Dilma Rousseff.
Na nova etapa da relação, a União Europeia quer garantir maior acesso ao mercado brasileiro a seus produtos, para compensar a estagnação na economia local. Mas, nos bastidores, o bloco europeu já vinha alertando que estava impressionada com o tom protecionista do governo de Dilma.
Bruxelas. O Brasil pode ter comprado uma guerra com a decisão de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados. Diplomatas da China, Coreia do Sul, Europa, Japão e Estados Unidos já estão estudando as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e poderiam até mesmo se unir em uma denúncia coletiva contra o governo brasileiro se ficar provado que as indústrias serão severamente afetadas.
Na quinta-feira (15), Guido Mantega anunciou que elevaria em 30 pontos percentuais o IPI de automóveis e caminhões para as montadores que não cumprirem os requisitos estabelecidos pelo governo: a utilização de no mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional (Mercosul) e investimento em pesquisa e desenvolvimento.
A decisão foi considerada uma surpresa para vários governos principalmente diante do posicionamento estratégico do Brasil para montadoras de todo o mundo nos próximos cinco anos. Hoje, 22,5% do mercado nacional de automóveis é ocupado por carros importados. Em 2009, essa taxa era de 15%.
Em Bruxelas, a União Europeia não disfarçava a preocupação, alertando que a medida tem "potencial" de violar as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas a UE não se limita a se queixar apenas do aspecto sistêmico da lei. Bruxelas negocia um acordo de livre comércio com o Mercosul e o setor automotivo é um dos pilares do tratado. Sem maior acesso a carros europeus, não haveria acordo.
A medida foi um banho de água fria para os europeus. "Cada vez que damos um passo para frente na negociação, damos dois para trás com medidas com essa", afirmou um negociador europeu, que não quis ser identificado.
Bruxelas espera ainda falar de acesso a mercados em outubro, quando a UE e o Brasil realizam sua reunião de cúpula para redesenhar a relação estratégica, com a participação da presidente Dilma Rousseff.
Na nova etapa da relação, a União Europeia quer garantir maior acesso ao mercado brasileiro a seus produtos, para compensar a estagnação na economia local. Mas, nos bastidores, o bloco europeu já vinha alertando que estava impressionada com o tom protecionista do governo de Dilma.
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