Entre os envolvidos está o número dois da pasta, o secretário-executivo Frederico Costa
O diretor-executivo da Polícia Federal (PF), Paulo de Tarso Teixeira, disse que 35 pessoas foram presas e R$ 610 mil foram apreendidos na Operação Voucher, deflagrada ontem e que investiga desvios de dinheiro no Ministério do Turismo.
Segundo o delegado, o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, o ex-secretário-executivo Mário Moysés e o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, foram presos preventivamente, ou seja, para evitar a eliminação de provas e com prazo maior de detenção.
“Para que a Justiça decrete a prisão preventiva, as provas têm que ser mais robustas do que as prisões temporárias”, disse o delegado. Por determinação da Justiça Federal, todos que foram presos preventivamente serão encaminhados a Macapá (AP), onde a investigação está centralizada.
A investigação da PF começou em abril deste ano. No total, a Justiça expediu 38 mandados de prisão - 19 temporárias e 19 preventivas - mas 35 foram detidos por enquanto. Em Brasília, dez pessoas foram presas preventivamente, enquanto sete estão detidas temporariamente e deverão ser soltas após prestarem depoimentos.
De acordo com a investigação - que deve ser finalizada entre duas semanas e um mês - o convênio suspeito totaliza R$ 4,45 milhões do ministério, em acordo com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), no Amapá.
“O dinheiro era repassado pelo ministério ao Ibrasi, que usava empresas do grupo ou fictícias. A partir desses repasses, os treinamentos não eram executados”, disse o delegado. Os policiais suspeitam que pelo menos dois terços deste valor tenham sido desviados.
Na casa do diretor do Ibrasi, em São Paulo, foram apreendidos R$ 610 mil - um dos objetivos da operação era justamente buscar dinheiro vivo.
Questionado se a presidência da República sabia da investigação, o diretor da PF afirmou que as informações só foram repassadas após a deflagração da operação.
Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), uma pessoa que está há dois meses no ministério, como Colbert Martins, não pode ser presa sem nenhum tipo de explicação por convênios firmados em 2009. “Acho que houve abuso de poder do Judiciário e do Ministério Público”, afirmou o petista.
nte Dilma Rousseff (PT) não tinha conhecimento da realização da Operação Voucher, da Polícia Federal, que resultou na prisão de 35 pessoas ligadas ao Ministério do Turismo. “Nós todos fomos surpreendidos. Eu não tive informação anterior e não tenho nenhuma notícia de que alguém tenha tido informação anterior.”
Ideli disse esperar que a operação tenha sido realizada “dentro da legalidade”, sem abusos.
Antes de o ministro peemedebista Pedro Novais (Turismo) assumir o cargo, a pasta era ocupada pelo ex-ministro Luiz Barretto - que foi secretário na gestão de Marta Suplicy. Barreto assumiu após a saída da petista. Antes de Marta, a pasta também foi ocupada por Walfrido Mares Guia, indicado pelo PTB.
Segundo o delegado, o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, o ex-secretário-executivo Mário Moysés e o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, foram presos preventivamente, ou seja, para evitar a eliminação de provas e com prazo maior de detenção.
“Para que a Justiça decrete a prisão preventiva, as provas têm que ser mais robustas do que as prisões temporárias”, disse o delegado. Por determinação da Justiça Federal, todos que foram presos preventivamente serão encaminhados a Macapá (AP), onde a investigação está centralizada.
A investigação da PF começou em abril deste ano. No total, a Justiça expediu 38 mandados de prisão - 19 temporárias e 19 preventivas - mas 35 foram detidos por enquanto. Em Brasília, dez pessoas foram presas preventivamente, enquanto sete estão detidas temporariamente e deverão ser soltas após prestarem depoimentos.
De acordo com a investigação - que deve ser finalizada entre duas semanas e um mês - o convênio suspeito totaliza R$ 4,45 milhões do ministério, em acordo com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), no Amapá.
“O dinheiro era repassado pelo ministério ao Ibrasi, que usava empresas do grupo ou fictícias. A partir desses repasses, os treinamentos não eram executados”, disse o delegado. Os policiais suspeitam que pelo menos dois terços deste valor tenham sido desviados.
Na casa do diretor do Ibrasi, em São Paulo, foram apreendidos R$ 610 mil - um dos objetivos da operação era justamente buscar dinheiro vivo.
Questionado se a presidência da República sabia da investigação, o diretor da PF afirmou que as informações só foram repassadas após a deflagração da operação.
Aliados reclamam de abuso
Líderes da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados reclamaram ontem de abuso de poder do Judiciário no caso das prisões no Ministério do Turismo. No total, 35 pessoas foram presas.Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), uma pessoa que está há dois meses no ministério, como Colbert Martins, não pode ser presa sem nenhum tipo de explicação por convênios firmados em 2009. “Acho que houve abuso de poder do Judiciário e do Ministério Público”, afirmou o petista.
Dilma desconhecia a ação, diz Ideli
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), disse ontem que a presidente Dilma Rousseff (PT) não tinha conhecimento da realização da Operação Voucher, da Polícia Federal, que resultou na prisão de 35 pessoas ligadas ao Ministério do Turismo. “Nós todos fomos surpreendidos. Eu não tive informação anterior e não tenho nenhuma notícia de que alguém tenha tido informação anterior.”
Ideli disse esperar que a operação tenha sido realizada “dentro da legalidade”, sem abusos.
Oposição articula CPI e aciona PGR
Diante de mais um escândalo de corrupção no governo Dilma Rousseff (PT), desta vez no Ministério do Turismo, a oposição iniciou ontem um movimento para coletar assinaturas em favor de uma CPI da corrupção para investigar as denúncias em diversos órgãos. Segundo o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (DEM-BA), a nova tentativa poderá ser de uma investigação mista ou só no Senado. Além da CPI, a Procuradoria-Geral da República (PGR) será acionada para investigar o caso do Turismo.PMDB divide responsabilidade com o PT
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse ontem que o partido não pode ser responsabilizado pelas fraudes levantadas pela PF no Ministério do Turismo. Raupp afirmou queo partido assumiu a pasta há seis meses e a PF deve estar investigando o esquema de corrupção no ministério há pelo menos um ano. “A operação deve ter começado há muito tempo. Pega pessoas ainda do exercício anterior, ex-dirigentes. Atinge PT, PTB, PMDB. Tem gente do PT lá também”, afirmou.Antes de o ministro peemedebista Pedro Novais (Turismo) assumir o cargo, a pasta era ocupada pelo ex-ministro Luiz Barretto - que foi secretário na gestão de Marta Suplicy. Barreto assumiu após a saída da petista. Antes de Marta, a pasta também foi ocupada por Walfrido Mares Guia, indicado pelo PTB.
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