Principais mercados retomaram o fôlego no pregão de ontem
A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) fechou ontem em forte recuperação, após a pior queda desde outubro de 2008 na segunda-feira. O dia foi marcado pela recuperação dos principais mercados mundiais. A valorização dos papéis chegou a perder força depois do pronunciamento do Fed (banco central americano) sobre a manutenção das taxas de juros, mas voltou a acelerar no final da sessão de ontem.
O Ibovespa subiu 5,10%, atingindo os 51.150 pontos. O giro financeiro foi de R$ 10,34 bilhões. O aumento foi o maior desde outubro de 2009. Ainda assim, a BM&FBovespa registra queda de 13% no mês. O dólar comercial foi negociado por R$ 1,6070 na compra e a R$ 1,6090 na venda.
A crise financeira mundial derrubou o valor de mercado da Petrobras, que se aproxima do nível anterior à apresentação das ações do pré-sal na capitalização recorde de R$ 120 bilhões do segundo semestre do ano passado. O valor de mercado da estatal atingiu, na segunda-feira, R$ 258,9 bilhões. Em 23 de setembro do ano passado, véspera da capitalização, o valor era de R$ 252,6 bilhões. O maior valor de mercado da Petrobras desde o anúncio da descoberta da camada petrolífera do pré-sal foi de R$ 413,3 bilhões, em 8 de março.
No exterior, os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em forte alta. O Dow Jones subiu 429,92 pontos, ou 3,98%, para 11.239,77 pontos, depois de oscilar cerca de 640 pontos entre a mínima e a máxima da sessão. O Nasdaq avançou 124,83 pontos, ou 5,29%, para 2.482,52 pontos, enquanto o S&P 500 teve alta de 53,07 pontos, ou 4,74%, para 1.172,53 pontos.
A maioria das bolsas europeias fechou em alta no pregão de ontem sem sofrer impacto direto, mas apenas a expectativa, do que seria decidido pelo Fed. Ao fim, conseguiram uma recuperação às fortes perdas da segunda-feira. Apenas o índice DAX da Bolsa de Frankfurt caiu 0,10%, aos 5.917 pontos e a Bolsa de Madri recuou 0,36% pelo IBEX 35, aos 8.428 pontos.
O Euro Stoxx 50, barômetro de 50 blue chips da zona do euro, cresceu 0,32%, aos 2.294 pontos. Em Londres, o FTSE 100, que reúne as principais ações do Reino Unido, subiu 1,89%, aos 5.164 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 1,63%, aos 3.176 pontos. Na Ásia foi mais um dia de grandes perdas. O índice Nikkei 225, da Bolsa de Tóquio, perdeu 1,7%. Apesar da melhora, ninguém se arrisca a afirmar que a retomada dos mercados vai se manter nos próximos dias. Maior prova disso é que o ouro renovou a cotação recorde (US$ 1.743 a onça-troy) e os juros pagos pelos títulos do Tesouro americano mantiveram-se em queda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário