Você pode criticar o seu chefe?
Em um ambiente republicano e democrático, a liberdade para discordar e criticar até mesmo os aliados e colegas de trabalho, pelo menos em tese, deve fazer parte do jogo. Saber como fazer isso é a grande questão
O agora ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixou seu cargo na semana passada, após dar sucessivas declarações polêmicas, em que criticou colegas e o governo do qual fazia parte, classificando-os com adjetivos como "atrapalhado" e "fraquinho", em entrevista à revista Piauí. Antes disso, ele já havia tornado pública a informação de que, nas últimas eleições presidenciais, votou em José Serra (PSDB), então adversário da hoje presidente, Dilma Rousseff.
Em um ambiente republicano e democrático, a liberdade para discordar e criticar até mesmo os aliados e colegas de trabalho, pelo menos em tese, deve fazer parte do jogo. Além disso, por ocupar um cargo público, o ministro – embora submetido à autoridade da presidência – deve satisfações, acima de tudo, ao povo. Portanto, tem mesmo é que colocar a boca no alto-falante e dizer o que acha errado.
Na prática, entretanto, nem sempre as coisas são assim. Primeiro, para tudo tem limite. Segundo, diplomacia e bom senso não fazem mal a ninguém. Depois, sinceramente, você falaria abertamente do seu chefe e da sua equipe como fez Nelson Jobim? Por quê?
"Quando se trata de assuntos profissionais, o ideal é saber dialogar para resolvê-los internamente. Tornar públicas as insatisfações antes de uma boa conversa não apresenta soluções e, possivelmente, só vai agravar os problemas", afirma Meiry Kamia, psicóloga, mestre em Administração e consultora organizacional.
Para que o diálogo interno seja possível, entretanto, é importante que haja um clima de liberdade para se conversar e respeito às regras e valores da empresa por todos que fazem parte dela, inclusive os chefes, explica Kamia. "É importante os líderes terem coerência. Se eu falo, eu faço. Quando o discurso da organização não condiz com a prática, dificulta", afirma.
Política interna
Na hora de estabelecer a política da empresa, é importante que elas não sejam muito rígidas, mas também não muito frouxas. Como destaca a consultora, no primeiro caso o risco é que elas acabem se tornando impraticáveis. Já no segundo, a coisa pode acabar correndo tão solta que a equipe vai acabar até esquecendo que ali existem normas. "Quando você passa a fazer parte de uma organização, seja ela pública ou privada, é necessário saber que ali existem regras", destaca Kamia.
Nesse sentido, cabe à liderança deixar cada profissional, assim que ele entrar na empresa, a par de como tudo funciona. "Os valores organizacionais têm que estar explícitos de forma muito clara na política interna", afirma a consultora.
Enfim, nada é melhor do que uma boa conversa, não é mesmo?
Em um ambiente republicano e democrático, a liberdade para discordar e criticar até mesmo os aliados e colegas de trabalho, pelo menos em tese, deve fazer parte do jogo. Além disso, por ocupar um cargo público, o ministro – embora submetido à autoridade da presidência – deve satisfações, acima de tudo, ao povo. Portanto, tem mesmo é que colocar a boca no alto-falante e dizer o que acha errado.
Na prática, entretanto, nem sempre as coisas são assim. Primeiro, para tudo tem limite. Segundo, diplomacia e bom senso não fazem mal a ninguém. Depois, sinceramente, você falaria abertamente do seu chefe e da sua equipe como fez Nelson Jobim? Por quê?
"Quando se trata de assuntos profissionais, o ideal é saber dialogar para resolvê-los internamente. Tornar públicas as insatisfações antes de uma boa conversa não apresenta soluções e, possivelmente, só vai agravar os problemas", afirma Meiry Kamia, psicóloga, mestre em Administração e consultora organizacional.
Para que o diálogo interno seja possível, entretanto, é importante que haja um clima de liberdade para se conversar e respeito às regras e valores da empresa por todos que fazem parte dela, inclusive os chefes, explica Kamia. "É importante os líderes terem coerência. Se eu falo, eu faço. Quando o discurso da organização não condiz com a prática, dificulta", afirma.
Política interna
Na hora de estabelecer a política da empresa, é importante que elas não sejam muito rígidas, mas também não muito frouxas. Como destaca a consultora, no primeiro caso o risco é que elas acabem se tornando impraticáveis. Já no segundo, a coisa pode acabar correndo tão solta que a equipe vai acabar até esquecendo que ali existem normas. "Quando você passa a fazer parte de uma organização, seja ela pública ou privada, é necessário saber que ali existem regras", destaca Kamia.
Nesse sentido, cabe à liderança deixar cada profissional, assim que ele entrar na empresa, a par de como tudo funciona. "Os valores organizacionais têm que estar explícitos de forma muito clara na política interna", afirma a consultora.
Enfim, nada é melhor do que uma boa conversa, não é mesmo?
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