Beleza: valorizada ou discriminada?
O que vai contar num processo de seleção, certamente, é a formação, as habilidades, a experiência e os resultados que o profissional acumulou na carreira
Recentemente, foram publicados estudos interessantes sobre o sucesso e o fracasso na carreira determinados não pela formação, competência, habilidades e outras qualidades do profissional, mas por fatores como a estatura e a beleza. São trabalhos polêmicos, que podem apontar tendências, mas não são conclusivos e nem encerram verdades absolutas. Alguns desses estudos parecem apoiar-se em um determinismo reducionista e não levam em consideração fatores como o livre arbítrio, a livre escolha e virtudes como determinação, força de vontade, obstinação, com as quais as pessoas podem superar deficiências e limitações.
Pesquisas realizadas em países como Estados Unidos e Austrália, entre outros, concluem que pessoas mais altas são mais inteligentes, mais produtivas, geralmente obtêm maior sucesso profissional e atingem com mais facilidade os cargos de liderança.
Não há dúvida de que a imagem pessoal é importante e as pessoas com "melhor estampa" – altas e bonitas – tendem a causar melhor impressão num primeiro contato. Mas o que vai contar num processo de seleção, certamente, é a formação, as habilidades, a experiência e os resultados que o profissional acumulou na carreira. Seria muito temerário para uma empresa apostar a maior parte das fichas na aparência do candidato, embora essa seja um ponto importante na avaliação.
Na verdade, pelo senso comum, acredita-se que as pessoas bonitas, principalmente mulheres, têm mais chances de conseguir uma vaga. No passado, os anúncios de emprego usaram o eufemismo "boa aparência" para camuflar preconceitos e discriminação (inclusive racial) praticados nos processos seletivos. Por isso, muitos profissionais, principalmente mulheres, anexam fotos nos currículos que enviam às empresas, com o intuito de causar boa impressão junto aos recrutadores.
A princípio, não tenho nada contra esse hábito. Mas as candidatas devem ter cautelas, a julgar por outra pesquisa, realizada por dois especialistas israelenses, que chegou a uma conclusão curiosa: mulheres atraentes que enviam currículo com fotos para as empresas têm menor chance de serem selecionadas. Na avaliação dos pesquisadores, essa discriminação decorre do fato de que em 93% dos casos pesquisados a triagem foi feita por mulheres, que descartaram o currículo de rivais mais atraentes. Para o estudo, foram enviados 5.312 currículos fictícios para 2.656 vagas reais – ou seja, para cada vaga foram enviados dois currículos iguais, mas um com foto e outro sem.
O interessante é que os professores procuravam validar justamente a tese contrária, baseada no senso comum de que a beleza impulsiona a carreira das mulheres. Para os pesquisadores, as mulheres atraentes foram vítimas da inveja das recrutadoras de RH.
Ressalte-se que, independentemente de beleza e estatura, há outras qualidades que pesam, como poder de comunicação, simpatia e carisma. Também os cuidados com a aparência também são imprescindíveis.
Não se pode esquecer que, mais do que tudo, a inteligência ainda é o melhor patrimônio.
Pesquisas realizadas em países como Estados Unidos e Austrália, entre outros, concluem que pessoas mais altas são mais inteligentes, mais produtivas, geralmente obtêm maior sucesso profissional e atingem com mais facilidade os cargos de liderança.
Não há dúvida de que a imagem pessoal é importante e as pessoas com "melhor estampa" – altas e bonitas – tendem a causar melhor impressão num primeiro contato. Mas o que vai contar num processo de seleção, certamente, é a formação, as habilidades, a experiência e os resultados que o profissional acumulou na carreira. Seria muito temerário para uma empresa apostar a maior parte das fichas na aparência do candidato, embora essa seja um ponto importante na avaliação.
Na verdade, pelo senso comum, acredita-se que as pessoas bonitas, principalmente mulheres, têm mais chances de conseguir uma vaga. No passado, os anúncios de emprego usaram o eufemismo "boa aparência" para camuflar preconceitos e discriminação (inclusive racial) praticados nos processos seletivos. Por isso, muitos profissionais, principalmente mulheres, anexam fotos nos currículos que enviam às empresas, com o intuito de causar boa impressão junto aos recrutadores.
Imagem: Thinkstock |
A princípio, não tenho nada contra esse hábito. Mas as candidatas devem ter cautelas, a julgar por outra pesquisa, realizada por dois especialistas israelenses, que chegou a uma conclusão curiosa: mulheres atraentes que enviam currículo com fotos para as empresas têm menor chance de serem selecionadas. Na avaliação dos pesquisadores, essa discriminação decorre do fato de que em 93% dos casos pesquisados a triagem foi feita por mulheres, que descartaram o currículo de rivais mais atraentes. Para o estudo, foram enviados 5.312 currículos fictícios para 2.656 vagas reais – ou seja, para cada vaga foram enviados dois currículos iguais, mas um com foto e outro sem.
O interessante é que os professores procuravam validar justamente a tese contrária, baseada no senso comum de que a beleza impulsiona a carreira das mulheres. Para os pesquisadores, as mulheres atraentes foram vítimas da inveja das recrutadoras de RH.
Ressalte-se que, independentemente de beleza e estatura, há outras qualidades que pesam, como poder de comunicação, simpatia e carisma. Também os cuidados com a aparência também são imprescindíveis.
Não se pode esquecer que, mais do que tudo, a inteligência ainda é o melhor patrimônio.
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