quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dilma critica "insensatez política"

Dilma critica "insensatez política" de Estados Unidos e União Europeia

Presidente mostrou otimismo ao falar sobre situação econômica do Brasil para 2012

A presidente Dilma Rousseff criticou o que chamou de "insensatez política" por parte dos governos dos Estados Unidos e da União Europeia no enfrentamento da crise financeira internacional. Em um discurso de otimismo em relação à situação econômica do país em 2012, a presidente reconheceu que o ano de 2011 não foi fácil, mas ressaltou que o Brasil, comparativamente a outros países, se saiu melhor.

Dilma reiterou ainda que o Brasil não precisa mais se submeter às regras do Fundo Monetário Internacional (FMI). Além disso, o país não sofre de um problema sistêmico de desregulamentação financeira, considerada "absurda" por ela, e não perdeu a capacidade de agir sobre sua economia, como ocorre em alguns países.

— Não só estamos encerrando o ano com estabilidade e crescimento, mas, sobretudo, com a visão de que 2012 será necessariamente melhor que os anos anteriores, o que não é pouca coisa, diante da crise e da insensatez política que vivenciamos ao longo deste ano tanto dos Estados Unidos como da Europa — afirmou, durante a cerimônia de premiação "Os Brasileiros do Ano", promovido pela Editora Três, na noite de terça-feira, em que recebeu o prêmio de "Brasileira do Ano".

— Eu sei que 2011 não foi um ano fácil, para o mundo principalmente, mas, em relação ao mundo, foi um ano bem melhor para o Brasil — acrescentou.

Dilma disse que os países desenvolvidos passam hoje por uma crise de confiança que se traduz em recessão, instabilidade e, sobretudo, em taxas de desemprego "assustadoras", que seriam o "grande mal", na avaliação dela. A presidente admitiu que o Brasil não está imune à crise, mas se preparou, ao longo dos últimos 20 anos de estagnação, para enfrentá-la da melhor forma possível.

— O Brasil tecnicamente não está imune, mas construiu e conquistou condições para transformar esse momento de crise não só em um momento de reagir, mas de construir oportunidades — afirmou.

— Não que nós vamos considerar que quanto pior o mundo, melhor para nós. Não se trata disso, pelo contrário. Sabemos que temos relação estreita com todo o mundo.

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