Você está preparado para ser um milionário?
Estamos tão acostumados a ver (e sentir) tudo dar errado em nossas vidas, que a sensação de "eu não mereço" se fortalece
Um assunto que está sendo bem comentado ultimamente é o prêmio de R$ 50 milhões que uma personagem da novela ganhou na loteria, e sua dificuldade em lidar com a nova vida de milionária. Mesmo com essa quantia à disposição, ela insiste em manter os mesmo padrões de vida, inclusive o mesmo trabalho. "O dinheiro vai me tornar uma pessoa fútil e esnobe" – diz ela. A ideia desse artigo é debater um pouco sobre nossos padrões, crenças e atitudes com relação ao dinheiro.
Claro que, no exemplo acima, trata-se de um personagem de ficção, e sua trama será explorada ao máximo para render curiosidade e audiência. Mas existem muitas pessoas que têm dificuldades em lidar com algum dinheiro que venha de forma inesperada.
Um dos fatores que pode dificultar a aceitação de algum ganho é a baixa autoestima. Estamos tão acostumados a ver (e sentir) tudo dar errado em nossas vidas, que a sensação de "eu não mereço" se fortalece e, mesmo com os ganhos extras, a pessoa não está acostumada com a nova sensação e, por incrível que pareça, se sente "desconfortável" em romper esse vínculo com o fracasso.
O sentimento de culpa também merece uma atenção especial. Somos acostumados, principalmente quem tem pais e avós mais velhos, que vieram das zonas rurais, que temos que trabalhar duro, suar a camisa, senão o dinheiro "não é justo". Muitas pessoas se sentem culpadas, por terem um ganho mais "fácil" de quem trabalhou duro e não teve a mesma sorte.
Um estudo mostra que 1/3 dos americanos que ganham nas loterias perdem tudo pouco tempo depois, e no Brasil começamos a ver alguns casos recentemente. A falta de educação financeira também tem sua parcela de culpa, mas as pessoas têm a mania de depositar sentimentos no dinheiro, de dizer que ele é o culpado pelo caráter e estado de espírito de alguém. Muitos dizem "eu era feliz e não sabia". "Era melhor quando eu não tinha nada. Agora só tenho dores de cabeça".
Outro fator que merece ser estudado é a religião. São poucas as religiões que têm uma relação "neutra" com o dinheiro. Algumas o pintam como algo maligno, e outras, que a pobreza é um pecado, que devemos evitá-lo (como se fosse fácil).
O dinheiro é apenas um papel pintado, criado pelo homem, para ajudar na troca de bens e mercadorias. Como ele não é um recurso natural, não vem da terra, tem todo esse folclore ao seu redor. O certo mesmo seria ter uma atitude "neutra" com relação ao dinheiro. Qualquer um dos lados, seja do ódio ou o amor extremo, pode ser prejudicial ao nosso relacionamento com ele.
Se você deseja ser um milionário, ou mesmo ganhar algum dinheiro a mais, lembre-se de que nada em sua vida vai mudar. As pessoas interesseiras apenas vão se mostrar interesseiras. Muitos milionários, ou até mesmo bilionários, mantém trabalhos voluntários, usam o seu dinheiro tanto para comprar um carro esporte último tipo, um iate ou um jato quanto para fazer o bem ao próximo com ele.
Antonio De Julio – Instrutor da MoneyFit e autor do livro "Por dentro da Bolsa de Valores" (editora Matrix).
Claro que, no exemplo acima, trata-se de um personagem de ficção, e sua trama será explorada ao máximo para render curiosidade e audiência. Mas existem muitas pessoas que têm dificuldades em lidar com algum dinheiro que venha de forma inesperada.
Um dos fatores que pode dificultar a aceitação de algum ganho é a baixa autoestima. Estamos tão acostumados a ver (e sentir) tudo dar errado em nossas vidas, que a sensação de "eu não mereço" se fortalece e, mesmo com os ganhos extras, a pessoa não está acostumada com a nova sensação e, por incrível que pareça, se sente "desconfortável" em romper esse vínculo com o fracasso.
O sentimento de culpa também merece uma atenção especial. Somos acostumados, principalmente quem tem pais e avós mais velhos, que vieram das zonas rurais, que temos que trabalhar duro, suar a camisa, senão o dinheiro "não é justo". Muitas pessoas se sentem culpadas, por terem um ganho mais "fácil" de quem trabalhou duro e não teve a mesma sorte.
Um estudo mostra que 1/3 dos americanos que ganham nas loterias perdem tudo pouco tempo depois, e no Brasil começamos a ver alguns casos recentemente. A falta de educação financeira também tem sua parcela de culpa, mas as pessoas têm a mania de depositar sentimentos no dinheiro, de dizer que ele é o culpado pelo caráter e estado de espírito de alguém. Muitos dizem "eu era feliz e não sabia". "Era melhor quando eu não tinha nada. Agora só tenho dores de cabeça".
Outro fator que merece ser estudado é a religião. São poucas as religiões que têm uma relação "neutra" com o dinheiro. Algumas o pintam como algo maligno, e outras, que a pobreza é um pecado, que devemos evitá-lo (como se fosse fácil).
O dinheiro é apenas um papel pintado, criado pelo homem, para ajudar na troca de bens e mercadorias. Como ele não é um recurso natural, não vem da terra, tem todo esse folclore ao seu redor. O certo mesmo seria ter uma atitude "neutra" com relação ao dinheiro. Qualquer um dos lados, seja do ódio ou o amor extremo, pode ser prejudicial ao nosso relacionamento com ele.
Se você deseja ser um milionário, ou mesmo ganhar algum dinheiro a mais, lembre-se de que nada em sua vida vai mudar. As pessoas interesseiras apenas vão se mostrar interesseiras. Muitos milionários, ou até mesmo bilionários, mantém trabalhos voluntários, usam o seu dinheiro tanto para comprar um carro esporte último tipo, um iate ou um jato quanto para fazer o bem ao próximo com ele.
Antonio De Julio – Instrutor da MoneyFit e autor do livro "Por dentro da Bolsa de Valores" (editora Matrix).
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