Expointer 2011 - Dilma: 'Se vamos ser a quinta economia do mundo, isso se deve à potência agropecuária que somos'
Em Esteio, presidente voltou a falar dos efeitos da turbulência internacional sobre o país
Em seu discurso na abertura oficial da 34ª Expointer, a presidente Dilma Rousseff destacou o papel da agricultura e pecuária brasileira no enfrentamento da turbulência que ameaça se espalhar pelo mundo com a crise de endividamento nos Estados Unidos e Europa:
— Nós enfrentaremos essa crise consumindo, investindo, diminuindo impostos, plantando e colhendo os frutos da agricultura — afirma Dilma.
A presidente acrescentou que o país é "uma potência agropecuária capaz de atender o mercado interno e externo":
— Se vamos ser a quinta economia do mundo em breve, isso se deve à potência agropecuária que somos — enfatiza Dilma.
A presidente destacou ainda que a turbulência nos mercados é continuidade da crise de 2008 e lembrou o esforço de seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a aposta no mercado interno. Segundo Dilma, na ocasião o Brasil foi o último país a entrar na crise e o primeiro a sair dela. A presidente também voltou a defender o aumento das reservas internacionais brasileiras: se em 2002, elas giravam em torno de R$ 220 bilhões, em 2010 chegaram a R$ 420 bilhões.
— Os ventos que chegam dos países desenvolvidos não são muito bons. Mas o Brasil tem plenas condições de enfrentar esse momento de turbulência que está assolando economias desenvolvidas.
Durante o discurso de Dilma, um grupo de dezenas de pessoas, formado por funcionários de universidades federais em greve, servidores dos Correios e até policiais civis, protestaram próximo ao palanque. Gritando palavras de ordem e fazendo barulho com buzinas, os manifestantes chegaram a atrapalhar a concentração da presidente em alguns momentos.
Elogios a Expointer
No início do discurso, a presidente elogiou a Expointer, que segundo ela, "revela o que há de melhor em qualidade, produção e tecnologia", e falou das medidas de seu governo no incentivo ao agronegócio. Dilma destacou que governo disponibilizou R$ 107 bilhões para financiamentos e R$ 16 bilhões no Plano Safra:
— A cadeia de sucesso que temos aqui conquistamos graças ao trabalho dos produtores, mas também às políticas do governo federal — afirma.
A presidente disse ainda que o governo vai privilegiar a agililização da concessão de crédito para agricultores e pecuaristas e o limite de crédito único por produtor e não mais por produto. E aproveitou para lembrar as medidas do governo federal para ajudar os rizicultores no Estado:
— A ação de incentivo para o arroz no Rio Grande do Sul é algo de que muito me orgulho.
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