terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sondagem do Sebrae/RS mostra que MPEs gaúchas seguem otimistas

Porto Alegre – Embora tenha sofrido uma redução em relação ao primeiro levantamento realizado em 2011, a segunda sondagem conjuntural realizada pelo Sebrae/RS neste ano, mostra que a maior parte das micro e pequenas empresas gaúchas segue otimista em relação ao crescimento de seus negócios. São 64% os empresários que apostam neste processo, contrastando com os 76% verificados entre março e abril passados. A pesquisa trimestral ouviu 607 MPEs localizadas no Rio Grande do Sul entre julho e agosto de 2011, mostrando o ambiente econômico em que elas estão inseridas e o impacto deste para os pequenos negócios.

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS e da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, a diminuição do percentual de empresários otimistas “pode ser causada pelo que verificamos em relação aos índices de inadimplência e de competição acirrada no mercado. Enquanto que, em abril, 9% das MPEs apontavam a inadimplência como uma das principais dificuldades, hoje, são 20% delas que citam este item. Já a competição acirrada, era uma dificuldade para 12% dos pequenos negócios no primeiro trimestre, tendo esse percentual crescido para 22%”. Mesmo assim, Vitor Koch considera “expressivo o fato da maioria dos empresários que gerem micro e pequenas empresas apostarem no crescimento de seus negócios. É importante que sigam com esse pensamento, e o Sebrae/RS está sempre à disposição para colaborar com este processo”.

A sondagem constatou, também, que 75% das empresas apostam no crescimento de suas vendas, além da estabilidade da concorrência (55%) e da inadimplência (49%). O levantamento do Sebrae/RS mostra, ainda, que 51% das empresas apostam no crescimento do investimento e 43% na estabilidade, para o próximo trimestre. Do total de empresas que ainda pretendem investir em 2011, 54% prioriza o investimento em melhoria das instalações, 32% na compra de máquinas, 16% desenvolvimento de novos produtos e divulgação e 8% na informatização da empresa.

Para os empresários ouvidos na sondagem, os fatores que podem impedir os investimentos são a incerteza quanto a evolução da demanda, para 78% deles e as dificuldades para contratação de mão de obra qualificada, para 42%. Aliás, 71% dos empreendimentos identificam a necessidade de qualificar os colaboradores, sendo que o atendimento ao cliente é a área de maior foco, preocupando 52% dos empresários.

Em relação as perspectivas para a economia do País, os empresários seguem cautelosos, pois 48% deles apostam no crescimento e 16% na retração. Em 2010, 72% das empresas apostavam no crescimento do País e apenas 3% na retração. “Também observamos que 54% dos entrevistados apostam na ampliação dos investimentos do País e 46% em maior oferta de crédito”, destaca o presidente Vitor Koch.

As MPEs ampliam o uso das Redes Sociais
A utilização das Redes Sociais pelas micro e pequenas empresas voltou a ser uma boa notícia dessa sondagem conjuntural, a exemplo da anterior. Desta feita, 82% dos empresários disseram que utilizam computador na empresa, sendo 62% deles utilizam a internet para efetivar as transações comerciais.

No quesito para que o computador é utilizado, 81% dos entrevistados citaram o item acesso a e-mail, enquanto que o controle financeiro foi apontado por 78% deles, e o contato com clientes por 77%.

“Vejo com muita satisfação este crescimento do uso das Redes Sociais pelos micro e pequenos empreendimentos gaúchos, uma vez que esse é um fenômeno recente, algo em torno de três anos, no máximo”, finaliza o presidente Vitor Augusto Koch.

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