Típico fraudador é homem, tem de 36 a 45 anos, e trabalha há mais de 10 anos na empresa, aponta pesquisa
Estudo "Who is the typical fraudster?" da KPMG, traça o perfil com base em dados apurados em 348 investigações promovidas em 69 países
Um estudo mundial realizado pela consultoria KPMG com base em dados apurados em 348 investigações de fraudes feitas por ela para clientes de 69 países apurou o perfil do típico fraudador empresarial. Segundo o levantamento, ele é homem, tem entre 36 e 45 anos, pratica desvios contra seu próprio empregador, trabalha na área de finanças ou em setor ligado a ela, ocupa posição gerencial sênior, é empregado há mais de dez anos na companhia e age em conluio com outros fraudadores.
O estudo "Who is the typical fraudster?" (Quem é o típico fraudador?, em português), realizado agora em 2011, tem o objetivo de oferecer indicadores para que o gestor empresarial possa identificar eventuais riscos e ameaças a seus negócios. Os resultados do estudo atual foram comparados aos de levantamento de 2007.
Uma das mais importantes apurações da pesquisa está relacionada ao aumento percebido no percentual de casos em que os fraudadores aproveitaram fragilidades nos sistemas de controles internos das empresas para praticar desvios. Os casos dessa natureza eram 49% do total em 2007, tendo evoluído para 74% em 2011. De acordo com a análise, muito dessa evolução se deve aos cortes de custos adotados pelas corporações em razão da recente crise internacional.
Segundo a análise atual, 87% dos fraudadores envolvidos nos casos investigados eram homens. Essa predominância de ações masculinas pode se dever, conforme avaliação da pesquisa, à subrepresentação feminina em posições de gestão das empresas. A maior parte dos envolvidos em fraudes (41%) tinha de 36 a 45 anos; seguidos por aqueles com idade entre 46 e 55 anos (35%); e por profissionais de 26 a 35 anos (12%).
Mais de um terço dos envolvidos em fraudes (35%) atuava em cargos de nível gerencial sênior. Outros 29% ocupavam posições de gerência, enquanto 18% estavam nos segmentos de direção (nível superior de administração) e outros 18%, no staff (corpo funcional de base da empresa). Em relação à área de atuação, 32% trabalhavam no setor de finanças; 26%, na presidência; e 25%, no de operações e vendas. Até pelo perfil ocupacional dos fraudadores, é interessante perceber que a maior parte deles (33%) trabalhava há mais de dez anos na empresa; outros 29% tinham de três a cinco anos de dedicação; enquanto 27% atuavam há mais de seis e a menos de dez anos.
O estudo mostra também que em 56% dos casos foram precedidos de avisos prévios (red-flags) de que as empresas estavam sujeitas a riscos de serem fraudadas. "Investir em sistemas de controle, inteligência e prevenção é o melhor caminho para que as empresas evitem ser fraudadas. Em geral, preparar-se para se precaver é muito mais barato e seguro do que tentar remediar problemas com fraudes", afirma Werner Scharrer, sócio da área de Forensic Services da KPMG no Brasil.
Já o levantamento "A fraude no Brasil", realizado em 2009 pela área de Forensic Services da KPMG, também traçou um perfil do fraudador típico. Como referência para a comparação entre o resultado internacional e o local, são percebidas algumas diferenças, não muito significativas. De acordo com a pesquisa nacional feita há dois anos: 78% dos fraudadores eram homens; com idade entre 26 e 40 anos (65%); sendo que a maioria (53%) atuava em cargos de staff, enquanto 43% ocupavam posições de chefia ou gerência; a maior parte deles (41%) tinha entre dois e cinco anos na companhia, seguidos por 23% com mais de dez anos e 20% contando entre seis e dez anos de dedicação à companhia.
Entre os 348 casos estudados internacionalmente, o valor médio do prejuízo provocado pelas fraudes foi de US$ 1,1 milhão, em 2011. Na América do Sul, no entanto, esse patamar ficou em US$ 800 mil. Ao final, o estudo conclui que as fraudes estão em alta, e os sistemas de defesa das empresas, em baixa.
Veja a íntegra do estudo (em inglês): www.kpmg.com/IS/is/utgefidefni/greinar-og-utgefid/Documents/Who_is_the_typical_fraudster.pdf
O estudo "Who is the typical fraudster?" (Quem é o típico fraudador?, em português), realizado agora em 2011, tem o objetivo de oferecer indicadores para que o gestor empresarial possa identificar eventuais riscos e ameaças a seus negócios. Os resultados do estudo atual foram comparados aos de levantamento de 2007.
Uma das mais importantes apurações da pesquisa está relacionada ao aumento percebido no percentual de casos em que os fraudadores aproveitaram fragilidades nos sistemas de controles internos das empresas para praticar desvios. Os casos dessa natureza eram 49% do total em 2007, tendo evoluído para 74% em 2011. De acordo com a análise, muito dessa evolução se deve aos cortes de custos adotados pelas corporações em razão da recente crise internacional.
Segundo a análise atual, 87% dos fraudadores envolvidos nos casos investigados eram homens. Essa predominância de ações masculinas pode se dever, conforme avaliação da pesquisa, à subrepresentação feminina em posições de gestão das empresas. A maior parte dos envolvidos em fraudes (41%) tinha de 36 a 45 anos; seguidos por aqueles com idade entre 46 e 55 anos (35%); e por profissionais de 26 a 35 anos (12%).
Mais de um terço dos envolvidos em fraudes (35%) atuava em cargos de nível gerencial sênior. Outros 29% ocupavam posições de gerência, enquanto 18% estavam nos segmentos de direção (nível superior de administração) e outros 18%, no staff (corpo funcional de base da empresa). Em relação à área de atuação, 32% trabalhavam no setor de finanças; 26%, na presidência; e 25%, no de operações e vendas. Até pelo perfil ocupacional dos fraudadores, é interessante perceber que a maior parte deles (33%) trabalhava há mais de dez anos na empresa; outros 29% tinham de três a cinco anos de dedicação; enquanto 27% atuavam há mais de seis e a menos de dez anos.
O estudo mostra também que em 56% dos casos foram precedidos de avisos prévios (red-flags) de que as empresas estavam sujeitas a riscos de serem fraudadas. "Investir em sistemas de controle, inteligência e prevenção é o melhor caminho para que as empresas evitem ser fraudadas. Em geral, preparar-se para se precaver é muito mais barato e seguro do que tentar remediar problemas com fraudes", afirma Werner Scharrer, sócio da área de Forensic Services da KPMG no Brasil.
Já o levantamento "A fraude no Brasil", realizado em 2009 pela área de Forensic Services da KPMG, também traçou um perfil do fraudador típico. Como referência para a comparação entre o resultado internacional e o local, são percebidas algumas diferenças, não muito significativas. De acordo com a pesquisa nacional feita há dois anos: 78% dos fraudadores eram homens; com idade entre 26 e 40 anos (65%); sendo que a maioria (53%) atuava em cargos de staff, enquanto 43% ocupavam posições de chefia ou gerência; a maior parte deles (41%) tinha entre dois e cinco anos na companhia, seguidos por 23% com mais de dez anos e 20% contando entre seis e dez anos de dedicação à companhia.
Entre os 348 casos estudados internacionalmente, o valor médio do prejuízo provocado pelas fraudes foi de US$ 1,1 milhão, em 2011. Na América do Sul, no entanto, esse patamar ficou em US$ 800 mil. Ao final, o estudo conclui que as fraudes estão em alta, e os sistemas de defesa das empresas, em baixa.
Veja a íntegra do estudo (em inglês): www.kpmg.com/IS/is/utgefidefni/greinar-og-utgefid/Documents/Who_is_the_typical_fraudster.pdf
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