Bolaños: "Chaves era feliz com pouco"
Em entrevista ao apresentador Ratinho, no SBT, Roberto Gómez Bolaños e Florinda Meza contaram detalhes dos 21 anos de Chaves e Chapolin ColoradoDANILO MEJIAS/SBT
Ratinho entrevistou Roberto Bolaños no México
Há quem busque fórmulas mágicas para fazer rir, mas a história mostra que para divertir um público, basta reunir cerca de 10 atores em uma vila meio maluca e nunca esquecer de um bom pão com presunto. Prova disso é que nenhum seriado de humor fez tanto sucesso no Brasil quanto o mexicano Chaves, vivido pelo multifacetado Roberto Gómez Bolaños (82), o rosto por trás dos heróis latinos Chavito e Chapolin Colorado. "As pessoas criaram amor por este menino abandonado que nunca perdeu o otimismo", afirmou Bolaños em entrevista ao apresentador Ratinho, que foi ao ar na noite desta sexta-feira, 19, no SBT, ao lado de sua esposa Florinda Meza (63). Para o casal, que está junto há mais de 40 anos e avô de 12 netos, além do bom humor, o que faz de Chaves um personagem inesquecível é seu verdadeiro otimismo.
No ar originalmente durante 21 anos, a série deixou de ser gravada em 1992 com cerca de 700 episódios (contando esquetes), e no que dependesse da mente criativa de Bolaños, ela continuaria ainda por muitos anos. "Chaves era um garoto magro, e Roberto (Bolaños) começou a encorpar, como um homem de sessenta anos. No final só fazíamos as cenas na escolinha com ele sentado, mas ainda assim seu rosto era gordinho. O Chapolin era ágil e esperto, não importava se tivesse barriguinha ou alguns pneuzinhos, porque ele era um herói do terceiro mundo que tudo resolvia. Mas também chegou um momento que não podia subir mais na mesa. Tudo na vida tem um ciclo", revelou Florinda.
Sempre muito preocupado com a opinião de seu público, Bolaños declarou um carinho todo especial pelo Brasil, a quem atribui um gosto muito exigente. "Em regral geral, o público aplaude facilmente o que é grosseiro. E no Brasil aplaudem o inteligente. Então estamos falando de um público inteligente. E isso me deixa muito orgulhoso. Acredito que chaves apresenta algo muito importante, que é o amor", afirmou o ator, que chegou a receber uma proposta de Pelé para gravar seu Chaves para os telões - plano que nunca saiu do papel.
Mas os retornos negativos também apareceram. "A primeira vez que coloquei a Florinda fazendo o papel de Pópis ela fava como uma menina fanhosa. Três dias depois, um senhor mandou uma carta dizendo que havia parado de assistir ao programa porque tinha um filho que falava assim e estavam caçoando dele na escola. Me senti terrível. Retirei a personagem do ar durante um ano e a recoloquei falando normal, sem este problema", confessou ainda pesaroso.
E a amizade entre o elenco, continua? De acordo com o casal, o núcleo Chaves pouco se vê, exceto pelo ator Rubén Aguirre (77), com quem Bolaños e Florinda ainda encontram eventualmente. Mas se tem uma coisa que não muda desde os anos 70, no início da série, são as manias de Bolaños. "Não podemos mudar o lugar das coisas dele. Ele só senta na mesma cadeira da mesma mesa dos restaurantes que gosta. E se estiver ocupado, ele muda de restaurante. E como Chaves, ele sempre quer comer o cardápio inteiro", contou Florinda. "Menos caviar e champagne", rebateu Bolanõs.
No ar originalmente durante 21 anos, a série deixou de ser gravada em 1992 com cerca de 700 episódios (contando esquetes), e no que dependesse da mente criativa de Bolaños, ela continuaria ainda por muitos anos. "Chaves era um garoto magro, e Roberto (Bolaños) começou a encorpar, como um homem de sessenta anos. No final só fazíamos as cenas na escolinha com ele sentado, mas ainda assim seu rosto era gordinho. O Chapolin era ágil e esperto, não importava se tivesse barriguinha ou alguns pneuzinhos, porque ele era um herói do terceiro mundo que tudo resolvia. Mas também chegou um momento que não podia subir mais na mesa. Tudo na vida tem um ciclo", revelou Florinda.
Sempre muito preocupado com a opinião de seu público, Bolaños declarou um carinho todo especial pelo Brasil, a quem atribui um gosto muito exigente. "Em regral geral, o público aplaude facilmente o que é grosseiro. E no Brasil aplaudem o inteligente. Então estamos falando de um público inteligente. E isso me deixa muito orgulhoso. Acredito que chaves apresenta algo muito importante, que é o amor", afirmou o ator, que chegou a receber uma proposta de Pelé para gravar seu Chaves para os telões - plano que nunca saiu do papel.
Mas os retornos negativos também apareceram. "A primeira vez que coloquei a Florinda fazendo o papel de Pópis ela fava como uma menina fanhosa. Três dias depois, um senhor mandou uma carta dizendo que havia parado de assistir ao programa porque tinha um filho que falava assim e estavam caçoando dele na escola. Me senti terrível. Retirei a personagem do ar durante um ano e a recoloquei falando normal, sem este problema", confessou ainda pesaroso.
E a amizade entre o elenco, continua? De acordo com o casal, o núcleo Chaves pouco se vê, exceto pelo ator Rubén Aguirre (77), com quem Bolaños e Florinda ainda encontram eventualmente. Mas se tem uma coisa que não muda desde os anos 70, no início da série, são as manias de Bolaños. "Não podemos mudar o lugar das coisas dele. Ele só senta na mesma cadeira da mesma mesa dos restaurantes que gosta. E se estiver ocupado, ele muda de restaurante. E como Chaves, ele sempre quer comer o cardápio inteiro", contou Florinda. "Menos caviar e champagne", rebateu Bolanõs.
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