sábado, 7 de julho de 2012

Novo estudo reforça que Brasil tem a maior carga fiscal do BRIC

Novo estudo reforça que Brasil tem a maior carga fiscal do BRIC

Em média, os países do G8 e as nações "BRIC" de alto crescimento ficam ambos com 28% do PIB em impostos

Por Redação, www.administradores.com.br
 
O Brasil recolhe 34% do PIB em impostos, superior a todos os outros países do BRIC e mais da metade das economias do G8. Esta é uma das conclusões da mais recente pesquisa internacional realizada pela UHY, rede internacional de contabilidade e consultoria, representada no Brasil pela UHY Moreira-Auditores.

Em média, os países do G8 e as nações "BRIC" de alto crescimento ficam ambos com 28% do PIB em impostos (no caso dos BRIC) e 29% (no caso do G8). Entre o G8, os EUA, Canadá, Japão e Rússia impõem impostos mais baixos do que o Brasil. O Reino Unido impõe o mesmo montante: 34%.

O Brasil recolheu US$ 704,1 bilhões de impostos do PIB de US$ 2.081,2 bilhões no ano fiscal mais recente. Desse total, os impostos indiretos compõem US$ 215,9 bilhões, a seguridade social US$ 284,6 bilhões, imposto de renda US$ 121,8 bilhões, e outras contribuições e tributos não usuais em operações convencionais.

Entre as nações da Zona do Euro incluídas no estudo, apenas a Irlanda e Eslováquia têm carga tributária inferior a 30% do PIB. Alemanha, França e Itália têm cargas tributárias de 43%, 44% e 43% do PIB, respectivamente. A UHY afirma que isso mostra o quão pouco espaço eles têm de manobra em termos de aumento de impostos para reforçar as finanças públicas, enquanto tentam estimular o crescimento econômico. 

Carga tributária total como percentagem do PIB

      
 

TOTAL DE IMPOSTOS RECOLHIDOS (US$bn)

PIB (US$bn)

TOTAL IMPOSTO COMO % DO PIB

 
      
 México120.21,154.810% 
 Índia*197.31,676.112% 
 Nigéria31.0238.913% 
 Rússia354.51,850.419% 
 EUA3,648.015,094.024% 
 Malásia49.8238.821% 
 Japão1,232.85,458.823% 
 Austrália354.11,507.423% 
 China1,796.97,484.124% 
 Eslováquia24.087.328% 
 Irlanda64.3217.730% 
 Espanha425.01,407.430% 
 România57.4189.830% 
 República Checa63.5198.532% 
 Canadá559.01,736.932% 
 Estônia7.022.232% 
 Dinamarca104.5333.033% 
 Reino Unido817.62,417.634% 
 Brasil704.12,081.234% 
 Holanda300.0780.738% 
 Alemanha1,394.23,255.543% 
 Itália891.82,060.943% 
 França1,225.62,776.344% 
 G810,123.534,650.429% 
 BRIC3,052.711,010.628% 
* Não inclui impostos locais   



Diego Moreira comenta: "A comparação entre os países da Zona do Euro e as nações do BRIC e outras nações ocidentais é extrema. De um modo geral, os países de baixa taxa impositiva estão experimentando um crescimento mais elevado, enquanto a maioria dos países de crescimento mais baixo têm maiores taxas de impostos. As nações do G8 e do BRIC coletaram ambas, em média, 28% do PIB em impostos (BRIC) e 29% (G8), mas o montante do G8 foi puxado para cima pelos seus membros europeus".

Segundo ele, quando você olha para estes números, é evidente que do ponto de vista fiscal as nações da Zona do Euro estão aumentando os impostos para pagar as dívidas, corroendo a competitividade ainda mais.

O diretor técnico da UHY Moreira-Auditores acrescenta: "Os países da Zona do Euro têm poucas armas fiscais restantes em seus arsenais, mas retêm o controle da política fiscal. Cortar impostos parece ser uma das opções mais viáveis para estimular a demanda, mas com as receitas fiscais ainda em queda ou estagnadas, assegurar a recuperação mantendo finanças públicas sólidas será um grande desafio". 

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