Novo estudo reforça que Brasil tem a maior carga fiscal do BRIC
Em média, os países do G8 e as nações "BRIC" de alto crescimento ficam ambos com 28% do PIB em impostos
O Brasil recolhe 34% do PIB em impostos, superior a todos os outros países do BRIC e mais da metade das economias do G8. Esta é uma das conclusões da mais recente pesquisa internacional realizada pela UHY, rede internacional de contabilidade e consultoria, representada no Brasil pela UHY Moreira-Auditores.
Em média, os países do G8 e as nações "BRIC" de alto crescimento ficam ambos com 28% do PIB em impostos (no caso dos BRIC) e 29% (no caso do G8). Entre o G8, os EUA, Canadá, Japão e Rússia impõem impostos mais baixos do que o Brasil. O Reino Unido impõe o mesmo montante: 34%.
O Brasil recolheu US$ 704,1 bilhões de impostos do PIB de US$ 2.081,2 bilhões no ano fiscal mais recente. Desse total, os impostos indiretos compõem US$ 215,9 bilhões, a seguridade social US$ 284,6 bilhões, imposto de renda US$ 121,8 bilhões, e outras contribuições e tributos não usuais em operações convencionais.
Entre as nações da Zona do Euro incluídas no estudo, apenas a Irlanda e Eslováquia têm carga tributária inferior a 30% do PIB. Alemanha, França e Itália têm cargas tributárias de 43%, 44% e 43% do PIB, respectivamente. A UHY afirma que isso mostra o quão pouco espaço eles têm de manobra em termos de aumento de impostos para reforçar as finanças públicas, enquanto tentam estimular o crescimento econômico.
Carga tributária total como percentagem do PIB
Diego Moreira comenta: "A comparação entre os países da Zona do Euro e as nações do BRIC e outras nações ocidentais é extrema. De um modo geral, os países de baixa taxa impositiva estão experimentando um crescimento mais elevado, enquanto a maioria dos países de crescimento mais baixo têm maiores taxas de impostos. As nações do G8 e do BRIC coletaram ambas, em média, 28% do PIB em impostos (BRIC) e 29% (G8), mas o montante do G8 foi puxado para cima pelos seus membros europeus".
Segundo ele, quando você olha para estes números, é evidente que do ponto de vista fiscal as nações da Zona do Euro estão aumentando os impostos para pagar as dívidas, corroendo a competitividade ainda mais.
O diretor técnico da UHY Moreira-Auditores acrescenta: "Os países da Zona do Euro têm poucas armas fiscais restantes em seus arsenais, mas retêm o controle da política fiscal. Cortar impostos parece ser uma das opções mais viáveis para estimular a demanda, mas com as receitas fiscais ainda em queda ou estagnadas, assegurar a recuperação mantendo finanças públicas sólidas será um grande desafio".
Em média, os países do G8 e as nações "BRIC" de alto crescimento ficam ambos com 28% do PIB em impostos (no caso dos BRIC) e 29% (no caso do G8). Entre o G8, os EUA, Canadá, Japão e Rússia impõem impostos mais baixos do que o Brasil. O Reino Unido impõe o mesmo montante: 34%.
O Brasil recolheu US$ 704,1 bilhões de impostos do PIB de US$ 2.081,2 bilhões no ano fiscal mais recente. Desse total, os impostos indiretos compõem US$ 215,9 bilhões, a seguridade social US$ 284,6 bilhões, imposto de renda US$ 121,8 bilhões, e outras contribuições e tributos não usuais em operações convencionais.
Entre as nações da Zona do Euro incluídas no estudo, apenas a Irlanda e Eslováquia têm carga tributária inferior a 30% do PIB. Alemanha, França e Itália têm cargas tributárias de 43%, 44% e 43% do PIB, respectivamente. A UHY afirma que isso mostra o quão pouco espaço eles têm de manobra em termos de aumento de impostos para reforçar as finanças públicas, enquanto tentam estimular o crescimento econômico.
Carga tributária total como percentagem do PIB
TOTAL DE IMPOSTOS RECOLHIDOS (US$bn) | PIB (US$bn) | TOTAL IMPOSTO COMO % DO PIB | |||
México | 120.2 | 1,154.8 | 10% | ||
Índia* | 197.3 | 1,676.1 | 12% | ||
Nigéria | 31.0 | 238.9 | 13% | ||
Rússia | 354.5 | 1,850.4 | 19% | ||
EUA | 3,648.0 | 15,094.0 | 24% | ||
Malásia | 49.8 | 238.8 | 21% | ||
Japão | 1,232.8 | 5,458.8 | 23% | ||
Austrália | 354.1 | 1,507.4 | 23% | ||
China | 1,796.9 | 7,484.1 | 24% | ||
Eslováquia | 24.0 | 87.3 | 28% | ||
Irlanda | 64.3 | 217.7 | 30% | ||
Espanha | 425.0 | 1,407.4 | 30% | ||
România | 57.4 | 189.8 | 30% | ||
República Checa | 63.5 | 198.5 | 32% | ||
Canadá | 559.0 | 1,736.9 | 32% | ||
Estônia | 7.0 | 22.2 | 32% | ||
Dinamarca | 104.5 | 333.0 | 33% | ||
Reino Unido | 817.6 | 2,417.6 | 34% | ||
Brasil | 704.1 | 2,081.2 | 34% | ||
Holanda | 300.0 | 780.7 | 38% | ||
Alemanha | 1,394.2 | 3,255.5 | 43% | ||
Itália | 891.8 | 2,060.9 | 43% | ||
França | 1,225.6 | 2,776.3 | 44% | ||
G8 | 10,123.5 | 34,650.4 | 29% | ||
BRIC | 3,052.7 | 11,010.6 | 28% | ||
* Não inclui impostos locais |
Diego Moreira comenta: "A comparação entre os países da Zona do Euro e as nações do BRIC e outras nações ocidentais é extrema. De um modo geral, os países de baixa taxa impositiva estão experimentando um crescimento mais elevado, enquanto a maioria dos países de crescimento mais baixo têm maiores taxas de impostos. As nações do G8 e do BRIC coletaram ambas, em média, 28% do PIB em impostos (BRIC) e 29% (G8), mas o montante do G8 foi puxado para cima pelos seus membros europeus".
Segundo ele, quando você olha para estes números, é evidente que do ponto de vista fiscal as nações da Zona do Euro estão aumentando os impostos para pagar as dívidas, corroendo a competitividade ainda mais.
O diretor técnico da UHY Moreira-Auditores acrescenta: "Os países da Zona do Euro têm poucas armas fiscais restantes em seus arsenais, mas retêm o controle da política fiscal. Cortar impostos parece ser uma das opções mais viáveis para estimular a demanda, mas com as receitas fiscais ainda em queda ou estagnadas, assegurar a recuperação mantendo finanças públicas sólidas será um grande desafio".
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