Pesquisa diz que maioria dos gaúchos desconfia da polícia
Levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas em seis Estados mapeou o que pensa o brasileiro sobre diferentes instituições
A maioria dos gaúchos pouco confia nas forças policiais. É o que mostra uma
pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizada com moradores do Interior e
da Região Metropolitana. Conforme o levantamento, 53,9% das pessoas ouvidas no
Estado consideram a polícia nada ou pouco confiáveis. A rejeição está
diretamente relacionada à alta insatisfação de quem precisou de
socorro.
O estudo da FGV ouviu 1.550 pessoas de seis Estados e mapeou o grau de confiança nas mais diversas instituições. O destaque ficou justamente com o alto índice de desconfiança nas forças policiais, que chegou a 61,1% em todo o país. No Rio Grande do Sul, 7,1% disseram que a polícia é nada confiável e 46,8% a classificaram como pouco confiável.
O pedido de anonimato de uma professora de 34 anos, moradora do bairro Restinga, na Capital, com medo de represálias, sinaliza a falta de confiança revelada pela estatística. Ela conta que teme pela integridade do filho, de 18 anos. Segundo a mulher, no bairro onde mora o simples fato de andar de boné pela rua já pode ser um motivo para ser abordado pela polícia — muitas vezes, ressalta, com violência.
Além disso, a professora diz que já precisou de ajuda policial, para resolver problemas envolvendo badernas próximo a sua casa, mas não teria obtido soluções.
De uma forma geral, o grau de confiança na atuação da polícia é baixa, mas se torna ainda mais evidente na população de baixa renda. Em todo o país, 77% das pessoas com renda inferior a dois salários mínimos não confia na polícia, enquanto o índice alcança 59% para a população com renda acima de 10 salários mínimos.
O sociólogo da UFRGS Juan Mariño avalia que a falta de confiança atinge as camadas sociais de forma diferente. Esse efeito, no entanto, é importante tanto para classes baixas como para classes altas.
— A classe média está permanentemente ameaçada com experiências de violência e vê pouca penalização desses criminosos. Já a classe baixa se encontra pressionada pela bandidagem e, frequentemente, pela própria polícia — analisa.
Para modificar essa realidade, diz, somente com processos de pacificação nas comunidades de forma efetiva e a longo prazo, que beneficiaria toda a sociedade. Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) informou que não comenta dados de pesquisa.
O estudo da FGV ouviu 1.550 pessoas de seis Estados e mapeou o grau de confiança nas mais diversas instituições. O destaque ficou justamente com o alto índice de desconfiança nas forças policiais, que chegou a 61,1% em todo o país. No Rio Grande do Sul, 7,1% disseram que a polícia é nada confiável e 46,8% a classificaram como pouco confiável.
O pedido de anonimato de uma professora de 34 anos, moradora do bairro Restinga, na Capital, com medo de represálias, sinaliza a falta de confiança revelada pela estatística. Ela conta que teme pela integridade do filho, de 18 anos. Segundo a mulher, no bairro onde mora o simples fato de andar de boné pela rua já pode ser um motivo para ser abordado pela polícia — muitas vezes, ressalta, com violência.
Além disso, a professora diz que já precisou de ajuda policial, para resolver problemas envolvendo badernas próximo a sua casa, mas não teria obtido soluções.
De uma forma geral, o grau de confiança na atuação da polícia é baixa, mas se torna ainda mais evidente na população de baixa renda. Em todo o país, 77% das pessoas com renda inferior a dois salários mínimos não confia na polícia, enquanto o índice alcança 59% para a população com renda acima de 10 salários mínimos.
O sociólogo da UFRGS Juan Mariño avalia que a falta de confiança atinge as camadas sociais de forma diferente. Esse efeito, no entanto, é importante tanto para classes baixas como para classes altas.
— A classe média está permanentemente ameaçada com experiências de violência e vê pouca penalização desses criminosos. Já a classe baixa se encontra pressionada pela bandidagem e, frequentemente, pela própria polícia — analisa.
Para modificar essa realidade, diz, somente com processos de pacificação nas comunidades de forma efetiva e a longo prazo, que beneficiaria toda a sociedade. Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) informou que não comenta dados de pesquisa.
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