Mercado crê em reajuste de 10% no combustível até julho
O ambiente é favorável para reajuste neste segundo trimestre porque a inflação já dá sinais de arrefecimento
Entre as empresas, a Petrobras vem sentindo no caixa o impacto do alto volume de importações de combustíveis
Rio de Janeiro - Analistas de bancos que acompanham a Petrobras acreditam na possibilidade de um reajuste de pelo menos 10 por cento nos preços da gasolina e do diesel nos próximos meses.
O ambiente é favorável para reajuste neste segundo trimestre porque a inflação já dá sinais de arrefecimento e há uma sazonalidade de queda nos preços dos alimentos de maio a julho, argumentam os especialistas.
E depois disso a proximidade do calendário eleitoral, com eleições em outubro, poderá complicar politicamente o aumento dos combustíveis, na visão do mercado.
Além disso, a Petrobras vem sentindo no caixa o impacto do alto volume de importações de combustíveis. No primeiro trimestre do ano, a estatal deverá mostrar um Ebitda (geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) negativo em 7,8 bilhões de reais na área de Refino, segundo projeção do Deutsche Bank.
A Petrobras divulga o balanço dos primeiros três meses na próxima sexta-feira.
Segundo o Deutsch Bank, há a possibilidade de um aumento de 10 por cento nos preços dos combustíveis até o terceiro trimestre de 2012.
"Acreditamos que o ambiente atual de subsídios à importação não é sustentável para a Petrobras e, portanto, estamos incluindo um aumento de 10 por cento no terceiro trimestre. As perdas de refino são crescentes, o que consideramos não ser apenas um problema de governança corporativa, mas um problema financeiro", afirmou o Deutsche em relatório.
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