Dilma: juro precisa ser compatível com mercado externo
Presidenta reitera que Brasil precisa se livrar de amarras de juros, câmbio e impostos
A presidenta Dilma Rousseff reiterou nesta quinta-feira que o Brasil precisa reduzir as taxas de juros a níveis compatíveis com os praticados no mercado internacional, continuando a pressão pública do governo para que bancos privados reduzam as taxas cobradas aos consumidores.
O discurso da presidenta acontece no mesmo dia em que o governo deve anunciar uma proposta de mudança nas regras da caderneta de poupança. Mantidas as regras atuais, a poupança se tornaria mais atrativa que outras aplicações de renda fixa caso o Banco Central reduza ainda mais o juro básico, hoje em 9 por cento.
"Queremos um país com taxas de juros compatíveis com aquelas praticadas no mercado internacional", disse a presidenta em discurso na cerimônia de posse do novo ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT-RJ).
Dilma repetiu também que o Brasil possui três "amarras" que precisam ser solucionadas --juros, câmbio e impostos--, mas disse que estes "grandes problemas" não podem ser resolvidos "do dia para a noite".
A ofensiva do governo para que bancos privados reduzam os juros aos consumidores e o "spread" --a diferença entre as taxas de captação de recursos e às ofertadas aos clientes-- ganhou novo impulso esta semana, quando Dilma usou seu pronunciamento pelas comemorações do 1o de Maio em rádio e TV para cobrar das instituições corte de suas taxas.
Mudanças no rendimento das cadernetas devem ser anunciados ainda nesta quinta-feira, após reunião de Dilma com o Conselho Político --formado por ministros, líderes do governo e de partidos aliados-- e de encontros com sindicalistas e empresários.
Questionada se mudanças na política seriam anunciadas nesta quinta, Dilma disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falaria com jornalistas à tarde.
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