Google concluiu a compra da Motorola por US$ 12,5 bilhões no dia 22 de maio
Foto: Reuters
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O Google anunciou nesta terça-feira a conclusão da compra da Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões, mas não comentou o que vai fazer com a companhia recém-adquirida. Mesmo sem detalhes oficiais, analistas de institutos de pesquisa e de sites especializados em tecnologia começam a fazer suas apostas sobre o futuro da fabricante de eletrônicos agora que está, oficialmente, integrada à gigante de internet.
"Há tantas coisas diferentes que eles podem fazer, que acho que o Google nem sabe ainda", começa Micheal Gartenberg, analista da Gartner, em entrevista ao CNET. A Motorola poderia continuar independente enquanto negócio, o que deve ser visto nesse primeiro momento, na opinião do site.
O principal motivo seria a promessa do Google de se manter neutro, enquanto desenvolvedor do Android - sistema operacional usado por outras fabricantes que temem que a Motorola tenha vantagens -, e deixar que as companhias se misturem lentamente. Mas essa distância aparente entre Google e Motorola é mais uma questão de aparências, mesmo, já que o CEO da gigante de internet, Larry Page, já colocou um novo executivo-chefe à frente da fabricante de hardware - Dennis Woodsite, funcionário do Google de longa data -, assim como incluiu alguns membros de confiança no conselho executivo.
Mas deixar a Motorola como empresa independente não vai ser um bom negócio a longo prazo para o Google, segundo analistas citados pelo CNET. Mountain View não pode dar à fabricante de aparelhos nenhuma vantagem com o Android, por causa dos outros parceiros do sistema operacional, mas o negócio de aparelhos da Motorola também não anda tão bem. O último relatório trimestral independente, no início deste ano, mostrou uma perda de US$ 86 milhões - e isso depois do sucesso do Droid Razr nos Estados Unidos.
E se, por outro lado, a Motorola virasse, justamente, uma "vitrine" para o Android? O cenário de smartphones está cada vez mais cheio de fabricantes disputando clientes com, entre outras estratégias, funções especiais oferecidas de fábrica com o sistema operacional de código aberto. O Google poderia enveredar por esse caminho e mostrar, via aparelhos da Motorola, as potencialidades do Android. "(A Motorola) dá a eles (do Google) o veículo para entregar o Android da forma como eles acreditam ser a ideal", explica Gartenberg. O analista ressalva, no entanto, que essa ideia é mais complicada do que parece. Além disso, as rivais da Motorola - e também usuárias do Android - iriam desprezar a iniciativa e os produtos frutos dela.
A terceira opção do que o Google poderia fazer com a Motorola seria uma integração vertical, trabalhando para criar sua própria linha de smartphones com a mais recente versão do Android. A opção faria o Google seguir a linha da Apple de criar um produto do começo ao fim, hardware e software. Em primeiro lugar, um telefone assim manteria todo o controlo nas mãos de Mountain View, já que antes o design e os componentes dos aparelhos ficavam a cargo dos parceiros que fabricavam o hardware. Mas esse é justamente o expertise da Motorola.
"Há tantas coisas diferentes que eles podem fazer, que acho que o Google nem sabe ainda", começa Micheal Gartenberg, analista da Gartner, em entrevista ao CNET. A Motorola poderia continuar independente enquanto negócio, o que deve ser visto nesse primeiro momento, na opinião do site.
O principal motivo seria a promessa do Google de se manter neutro, enquanto desenvolvedor do Android - sistema operacional usado por outras fabricantes que temem que a Motorola tenha vantagens -, e deixar que as companhias se misturem lentamente. Mas essa distância aparente entre Google e Motorola é mais uma questão de aparências, mesmo, já que o CEO da gigante de internet, Larry Page, já colocou um novo executivo-chefe à frente da fabricante de hardware - Dennis Woodsite, funcionário do Google de longa data -, assim como incluiu alguns membros de confiança no conselho executivo.
Mas deixar a Motorola como empresa independente não vai ser um bom negócio a longo prazo para o Google, segundo analistas citados pelo CNET. Mountain View não pode dar à fabricante de aparelhos nenhuma vantagem com o Android, por causa dos outros parceiros do sistema operacional, mas o negócio de aparelhos da Motorola também não anda tão bem. O último relatório trimestral independente, no início deste ano, mostrou uma perda de US$ 86 milhões - e isso depois do sucesso do Droid Razr nos Estados Unidos.
E se, por outro lado, a Motorola virasse, justamente, uma "vitrine" para o Android? O cenário de smartphones está cada vez mais cheio de fabricantes disputando clientes com, entre outras estratégias, funções especiais oferecidas de fábrica com o sistema operacional de código aberto. O Google poderia enveredar por esse caminho e mostrar, via aparelhos da Motorola, as potencialidades do Android. "(A Motorola) dá a eles (do Google) o veículo para entregar o Android da forma como eles acreditam ser a ideal", explica Gartenberg. O analista ressalva, no entanto, que essa ideia é mais complicada do que parece. Além disso, as rivais da Motorola - e também usuárias do Android - iriam desprezar a iniciativa e os produtos frutos dela.
A terceira opção do que o Google poderia fazer com a Motorola seria uma integração vertical, trabalhando para criar sua própria linha de smartphones com a mais recente versão do Android. A opção faria o Google seguir a linha da Apple de criar um produto do começo ao fim, hardware e software. Em primeiro lugar, um telefone assim manteria todo o controlo nas mãos de Mountain View, já que antes o design e os componentes dos aparelhos ficavam a cargo dos parceiros que fabricavam o hardware. Mas esse é justamente o expertise da Motorola.
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