Serviço de esgoto insuficiente prejudica Índice de Desenvolvimento Socioeconômico do RS
Conclusão é de um estudo divulgado nesta quarta pela Fundação de Economia e Estatística (FEE)
Um estudo divulgado nesta quarta-feira pela Fundação de Economia e
Estatística (FEE) aponta que a falta de saneamento é um dos principais gargalos
para a qualidade de vida dos gaúchos.
De acordo com o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese), o Estado apresenta desempenho elevado nas áreas de educação, saúde e renda. O insuficiente serviço de esgoto, no entanto, puxa a média para baixo e faz o Rio Grande do Sul ter um nível de desenvolvimento socioeconômico apenas médio. O indicador se refere a 2009, últimos ano com dados disponíveis.
De todos os 496 municípios gaúchos, apenas dois (Caxias do Sul e Vacaria) apresentaram no quesito saneamento e domicílios um índice superior a 0,8 — considerado elevado. A média geral foi de 0,569, mas a maior parte das cidades (387) teve desempenho inferior a 0,5, o que é tido como baixo. O índice vai de 0 a 1.
— Isso significa que o saneamento é ruim. É o ponto que precisa melhorar mais. Precisamos avançar em água encanada e esgoto — afirmou Ely José de Mattos, economista do núcleo de indicadores sociais e ambientais da FEE.
A situação, no entanto, pode ser melhor do que o retrato traçado pela FEE. Para determinar o Idese, foram usados dados sobre água e esgoto do Censo de 2000. Mattos reconhece que, no ano que vem, quando se calcularem os índices a partir do Censo de 2010, o resultado deve ser superior, ainda que os avanços na área de esgoto ocorram em ritmo lento.
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) afirma que, ao longo da década, ocorreram investimento importantes, que acabaram não sendo refletidos no Idese:
— O Censo de 2010 apresenta um desenvolvimento no setor. Somente a Corsan conta com mais de 300 obras em andamento, e ainda temos as autarquias municipais com uma grande capacidade de investimentos — disse o diretor-presidente da companhia, Arnaldo Dutra.
Mesmo com essa ressalva, o dado do Idese corrobora outros indicadores. Conforme a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico publicada em agosto de 2010, o Estado fazia feio no cenário brasileiro, com apenas 24,3% das residências ligadas a rede de esgoto. A média nacional era de 44%.
Nos outros três blocos avaliados para a composição do Idese, o Rio Grande ficou acima da linha considerada elevada: 0,85 em saúde, 0,813 em renda e 0,870 em educação. O desempenho fraco em saneamento, contudo, puxou o índice geral para baixo de 0,8. Ele ficou em 0,776, dentro da faixa definida como desenvolvimento médio.
Os dados do RS
Os municípios com melhor Idese
1º Caxias do Sul 0,858
2º Esteio 0,846
3º Canoas 0,840
4º Porto Alegre 0,838
5º Cachoeirinha 0,827
6º Cruz Alta 0,822
7º Vacaria 0,821
8º Cerro Largo 0,819
9º Ijuí 0,819
10º Rio Grande 0,813
Os municípios com pior Idese
1º Caraá 0,542
2º Monte Alegre dos Campos 0,550
3º Benjamin Constant do Sul 0,550
4º Mampituba 0,560
5º Esperança do Sul 0,566
6º Barão do Triunfo 0,568
7º Lajeado do Bugre 0,569
8º Carlos Gomes 0,569
9º Lagoão 0,571
10º Cristal do Sul 0,572
De acordo com o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese), o Estado apresenta desempenho elevado nas áreas de educação, saúde e renda. O insuficiente serviço de esgoto, no entanto, puxa a média para baixo e faz o Rio Grande do Sul ter um nível de desenvolvimento socioeconômico apenas médio. O indicador se refere a 2009, últimos ano com dados disponíveis.
De todos os 496 municípios gaúchos, apenas dois (Caxias do Sul e Vacaria) apresentaram no quesito saneamento e domicílios um índice superior a 0,8 — considerado elevado. A média geral foi de 0,569, mas a maior parte das cidades (387) teve desempenho inferior a 0,5, o que é tido como baixo. O índice vai de 0 a 1.
— Isso significa que o saneamento é ruim. É o ponto que precisa melhorar mais. Precisamos avançar em água encanada e esgoto — afirmou Ely José de Mattos, economista do núcleo de indicadores sociais e ambientais da FEE.
A situação, no entanto, pode ser melhor do que o retrato traçado pela FEE. Para determinar o Idese, foram usados dados sobre água e esgoto do Censo de 2000. Mattos reconhece que, no ano que vem, quando se calcularem os índices a partir do Censo de 2010, o resultado deve ser superior, ainda que os avanços na área de esgoto ocorram em ritmo lento.
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) afirma que, ao longo da década, ocorreram investimento importantes, que acabaram não sendo refletidos no Idese:
— O Censo de 2010 apresenta um desenvolvimento no setor. Somente a Corsan conta com mais de 300 obras em andamento, e ainda temos as autarquias municipais com uma grande capacidade de investimentos — disse o diretor-presidente da companhia, Arnaldo Dutra.
Mesmo com essa ressalva, o dado do Idese corrobora outros indicadores. Conforme a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico publicada em agosto de 2010, o Estado fazia feio no cenário brasileiro, com apenas 24,3% das residências ligadas a rede de esgoto. A média nacional era de 44%.
Nos outros três blocos avaliados para a composição do Idese, o Rio Grande ficou acima da linha considerada elevada: 0,85 em saúde, 0,813 em renda e 0,870 em educação. O desempenho fraco em saneamento, contudo, puxou o índice geral para baixo de 0,8. Ele ficou em 0,776, dentro da faixa definida como desenvolvimento médio.
Os dados do RS
Os municípios com melhor Idese
1º Caxias do Sul 0,858
2º Esteio 0,846
3º Canoas 0,840
4º Porto Alegre 0,838
5º Cachoeirinha 0,827
6º Cruz Alta 0,822
7º Vacaria 0,821
8º Cerro Largo 0,819
9º Ijuí 0,819
10º Rio Grande 0,813
Os municípios com pior Idese
1º Caraá 0,542
2º Monte Alegre dos Campos 0,550
3º Benjamin Constant do Sul 0,550
4º Mampituba 0,560
5º Esperança do Sul 0,566
6º Barão do Triunfo 0,568
7º Lajeado do Bugre 0,569
8º Carlos Gomes 0,569
9º Lagoão 0,571
10º Cristal do Sul 0,572
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