Brasil poderá ter nova crise de desvalorização do real, diz Unctad
Já Gabriel Palma, professor da Universidade de Cambridge, defende controle do câmbio, com piso de, pelo menos, 2,00 reais/dólar
A OCDE acha que "as finanças públicas de inúmeros estados estão numa trajetória insustentável"
São Paulo - No momento o Brasil é campeão em apreciação de sua moeda – Entre 2000 e 2011 a taxa de câmbio apreciou mais no Brasil do que na China, zona do Euro e Estados Unidos, segundo dados da Unctad. Para Heiner Flassbeck, chefe de macroeconomia e desenvolvimento da Unctad, uma nova crise de desvalorização, como a de 1999, está por vir.
“Muitas pessoas dizem que dessa vez é diferente. Meu foco é que dessa vez não é diferente e vocês terão o mesmo problema que tiveram em 1999”, afirmou Flassbeck no seminário “Financial Stability and Growth” realizado na FGV. Para Flassbeck, um choque financeiro pode exercer pressão no real e levá-lo de volta à situação de 1998. Em 1999 o Banco Central abandonou o regime de câmbio fixo e passou a operar em regime de câmbio flutuante. Como consequência, a moeda logo se desvalorizou.
As taxas de câmbio se tornaram desconectadas dos fundamentos macroeconômicos, segundo Flassbeck. “A pergunta é porque o Brasil não segue a política de câmbio da China, pelo menos”, questionou. Depois da crise de 1993, a china ajustou a taxa de câmbio, segundo Flassbeck, “o que explica porque ela manteve uma boa performance de negociação nesses 15 anos e só agora está devagar, mas voltando”, afirmou o representante da Unctad.
Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo continuará fazendo políticas de intervenção no câmbio. “O governo está certo em dizer que não pode aceitar a apreciação, mas o negócio é fazer uma ação maior”, afirmou Flassbeck. O chefe de macroeconomia da Unctad defende que a moeda brasileira precisa de desvalorização – mas não através de uma crise. Uma das formas seria diminuir a inflação - para cerca de 3% - e discutir os salários nominais com os sindicatos. “Vamos brigar na Organização Mundial do Comércio”, brincou Flassbeck.
Controle
Para Gabriel Palma, professor da Universidade de Cambridge, o controle não funciona porque é mal feito. Palma defende um controle do câmbio, em um piso de, pelo menos, 2,00 reais/dólar. A taxa deveria ser explícita e flexível, na opinião do professor. “Qualquer banco central do mundo deveria ter duas metas: inflação e pleno emprego”, afirmou, defendendo a intervenção no câmbio.
“Muitas pessoas dizem que dessa vez é diferente. Meu foco é que dessa vez não é diferente e vocês terão o mesmo problema que tiveram em 1999”, afirmou Flassbeck no seminário “Financial Stability and Growth” realizado na FGV. Para Flassbeck, um choque financeiro pode exercer pressão no real e levá-lo de volta à situação de 1998. Em 1999 o Banco Central abandonou o regime de câmbio fixo e passou a operar em regime de câmbio flutuante. Como consequência, a moeda logo se desvalorizou.
As taxas de câmbio se tornaram desconectadas dos fundamentos macroeconômicos, segundo Flassbeck. “A pergunta é porque o Brasil não segue a política de câmbio da China, pelo menos”, questionou. Depois da crise de 1993, a china ajustou a taxa de câmbio, segundo Flassbeck, “o que explica porque ela manteve uma boa performance de negociação nesses 15 anos e só agora está devagar, mas voltando”, afirmou o representante da Unctad.
Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo continuará fazendo políticas de intervenção no câmbio. “O governo está certo em dizer que não pode aceitar a apreciação, mas o negócio é fazer uma ação maior”, afirmou Flassbeck. O chefe de macroeconomia da Unctad defende que a moeda brasileira precisa de desvalorização – mas não através de uma crise. Uma das formas seria diminuir a inflação - para cerca de 3% - e discutir os salários nominais com os sindicatos. “Vamos brigar na Organização Mundial do Comércio”, brincou Flassbeck.
Controle
Para Gabriel Palma, professor da Universidade de Cambridge, o controle não funciona porque é mal feito. Palma defende um controle do câmbio, em um piso de, pelo menos, 2,00 reais/dólar. A taxa deveria ser explícita e flexível, na opinião do professor. “Qualquer banco central do mundo deveria ter duas metas: inflação e pleno emprego”, afirmou, defendendo a intervenção no câmbio.
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