Depois de 21 anos fechada, embaixada do Brasil no Iraque passará a funcionar a partir deste mês
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de 21 anos, o Brasil terá representação
diplomática em Bagdá, no Iraque. A partir deste mês a Embaixada do Brasil no
Iraque passará a funcionar de forma plena, segundo diplomatas que estão nesta
missão. O embaixador Anuar Nahes assumiu o posto em janeiro, mas se mudou para o
país no começo deste mês. O setor consular já está funcionando na representação
em Bagdá.
Ainda não há dados precisos sobre o número de brasileiros no
país, mas esse levantamento está sendo feito pelo governo. A reabertura de uma
embaixada inclui desde a organização da estrutura física da representação à
definição de tarefas dos setores específicos, além das questões burocráticas, há
as jurídicas, políticas, econômicas e comerciais.
Uma das primeiras tarefas da embaixada é organizar uma reunião
entre os integrantes da Comissão Mista Brasil e Iraque. Desde 2006, os assuntos
diplomáticos referentes ao Iraque são conduzidos por um escritório em Amã, na
Jordânia.
Nesta semana, funcionários locais e do Ministério das Relações
Exteriores concluem a tarefa de preparar documentos e mobílias para a
transferência a Bagdá.
A reabertura de uma embaixada no Iraque ocorre no momento em
que o país vive sob clima de tensão. Nas últimas horas, vários carros-bomba
explodiram em algumas cidades iraquianas provocando mais de 30 mortes e deixando
pelo menos 100 feridos. A comunidade internacional tenta apoiar a busca pela
estabilização política, econômica e social da região.
Em novembro do ano passado, o Itamaraty confirmou a reabertura
da embaixada no Iraque. Em 1991, a representação foi fechada devido aos
conflitos que colocavam em risco a permanência dos profissionais no país.
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