IOF criou barreira eficaz para entrada de capital estrangeiro no País
SÃO PAULO - A cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em renda fixa, em vigor desde 2009, tem ajudado a conter a entrada de capitais estrangeiros no País, afirmaram os técnicos do Tesouro Nacional. O número de não residentes que compram títulos da dívida interna brasileira está estável depois das medidas destinadas a conter o ingresso de investimentos de capital externo no Brasil, mostrou o órgão.
Com a taxação de 6% de IOF para estrangeiros que aplicam em
renda fixa, o fluxo de investidores internacionais foi neutralizado, uma vez que
o número total de aplicadores praticamente não tem se alterado nos últimos
meses, disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando
Garrido.
Apesar da estabilização no número de investidores, a fatia dos
não residentes na compra da dívida pública brasileira continua subindo e bate
recorde mês a mês. Em fevereiro, eles detinham R$ 209,1 bilhões em títulos
públicos, contra R$ 205,6 bilhões em janeiro e R$ 202,3 bilhões em dezembro do
ano passado.
Segundo Garrido, o volume aumentou em virtude da rentabilidade
dos títulos públicos nas mãos dos estrangeiros, não porque há mais investidores
externos entrando no País.
Além disso, o volume absoluto na comparação com o endividamento
total também mostra como o IOF conseguiu conter a entrada de investimentos
estrangeiros no Brasil. Desde o ano passado, a participação dos estrangeiros na
dívida interna oscila em torno de 11%. De acordo com Garrido, muitos desses
investidores têm trocado os títulos de curto prazo por papéis de prazo maior,
mas a fatia dos estrangeiros pouco se altera.
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