Com a taxação de 6% de IOF para estrangeiros que aplicam em renda fixa, o fluxo de investidores internacionais foi neutralizado, uma vez que o número total de aplicadores praticamente não tem se alterado nos últimos meses, disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido.

Apesar da estabilização no número de investidores, a fatia dos não residentes na compra da dívida pública brasileira continua subindo e bate recorde mês a mês. Em fevereiro, eles detinham R$ 209,1 bilhões em títulos públicos, contra R$ 205,6 bilhões em janeiro e R$ 202,3 bilhões em dezembro do ano passado.

Segundo Garrido, o volume aumentou em virtude da rentabilidade dos títulos públicos nas mãos dos estrangeiros, não porque há mais investidores externos entrando no País.

Além disso, o volume absoluto na comparação com o endividamento total também mostra como o IOF conseguiu conter a entrada de investimentos estrangeiros no Brasil. Desde o ano passado, a participação dos estrangeiros na dívida interna oscila em torno de 11%. De acordo com Garrido, muitos desses investidores têm trocado os títulos de curto prazo por papéis de prazo maior, mas a fatia dos estrangeiros pouco se altera.