Financiamento na web vira alternativa para cultura
Sebrae no Rio de Janeiro apresenta modelo que permite a pessoas físicas e jurídicas contribuírem para viabilizar projetos como audiovisuais, livros e discos
Rio de Janeiro - A velha fórmula de buscar financiamento com a família e amigos para realizar um projeto ganha roupagem moderna, usando a internet como plataforma. A ideia é simples e engenhosa. Quem quiser fazer um curta, exposição de foto ou vídeo clipe, por exemplo, apresenta a proposta, informa quanto precisa levantar e trabalha para divulgar o projeto usando os próprios contatos nas redes sociais. Um dos sócios do site Catarse, Rodrigo Maia, explica que o tempo de captação é de no máximo 90 dias e as contribuições podem ser feitas a partir de R$ 10. Para atrair capital, o autor pode oferecer mecanismos de recompensa como dar o produto, permitir o download da obra ou registrar agradecimento, como o nome nos créditos.
Este modelo de negócio engatinha no Brasil, mas as primeiras experiências apresentam indicadores promissores. O site Catarse, há seis meses em funcionamento, recebeu cerca de 100 projetos e 41 deles foram viabilizados. Quando isso não acontece, o dinheiro é devolvido ou pode ser realocado em outra ideia. A taxa administrativa fica em 12%, contrapartida do site, também só cobrada caso o projeto se viabilize. Outro diferencial é que o recurso pode ser utilizado para fins específicos, como produzir a trilha sonora, complementando ou não os recursos com captações oficiais.
"Este conceito permite viabilizar idéias e descentralizar a produção. O micro patrocínio é importante para aquecer o mercado e diversificar o conteúdo. Nossa experiência mostra que projetos que custam em média R$ 20 mil constituem os mais viáveis e nossas categorias são diversificadas, como audiovisuais, literatura, teatro ou design", exemplifica Rodrigo.
Alternativa
Para o empresário Caio Cesaro, da produtora Kinopus Audiovisual, o financiamento é um dos principais gargalos para quem trabalha com audiovisual. "Os produtores ainda estão muito habituados aos mecanismos das leis de incentivo. Esta nova modalidade ainda não é a solução, mas uma alternativa interessante para levantar recursos", diz.
À frente da K Produtora, Thaissa Vasconcellos, de Mesquita, na Baixada Fluminense, aprovou o conceito. "Quero me especializar na produção para teatro e os comerciantes locais não têm essa cultura do patrocínio. O que mais gostei nesta ferramenta é que quem contribui deixa de ser apenas consumidor, mas passa também a ser financiador e parceiro", enfatiza.
"Estes novos meios mostram formas diferentes de gerar financiamento e incrementar negócios. O projeto Cadeia Produtiva do Audiovisual pretende elevar o nível de inovação gerencial e tecnológica dos empreendedores do segmento. Queremos promover novas palestras para enriquecer a discussão", analisa o gestor Eduardo Melo, da área de Economia Criativa do Sebrae no Rio de Janeiro.
A nova forma de financiamento foi tema da palestra "Crowd funding: financiamento colaborativo para projetos audiovisuais", realizada nessa segunda-feira (11), na sede do Sebrae no Rio de Janeiro, no centro da cidade.
Este modelo de negócio engatinha no Brasil, mas as primeiras experiências apresentam indicadores promissores. O site Catarse, há seis meses em funcionamento, recebeu cerca de 100 projetos e 41 deles foram viabilizados. Quando isso não acontece, o dinheiro é devolvido ou pode ser realocado em outra ideia. A taxa administrativa fica em 12%, contrapartida do site, também só cobrada caso o projeto se viabilize. Outro diferencial é que o recurso pode ser utilizado para fins específicos, como produzir a trilha sonora, complementando ou não os recursos com captações oficiais.
"Este conceito permite viabilizar idéias e descentralizar a produção. O micro patrocínio é importante para aquecer o mercado e diversificar o conteúdo. Nossa experiência mostra que projetos que custam em média R$ 20 mil constituem os mais viáveis e nossas categorias são diversificadas, como audiovisuais, literatura, teatro ou design", exemplifica Rodrigo.
Alternativa
Para o empresário Caio Cesaro, da produtora Kinopus Audiovisual, o financiamento é um dos principais gargalos para quem trabalha com audiovisual. "Os produtores ainda estão muito habituados aos mecanismos das leis de incentivo. Esta nova modalidade ainda não é a solução, mas uma alternativa interessante para levantar recursos", diz.
À frente da K Produtora, Thaissa Vasconcellos, de Mesquita, na Baixada Fluminense, aprovou o conceito. "Quero me especializar na produção para teatro e os comerciantes locais não têm essa cultura do patrocínio. O que mais gostei nesta ferramenta é que quem contribui deixa de ser apenas consumidor, mas passa também a ser financiador e parceiro", enfatiza.
"Estes novos meios mostram formas diferentes de gerar financiamento e incrementar negócios. O projeto Cadeia Produtiva do Audiovisual pretende elevar o nível de inovação gerencial e tecnológica dos empreendedores do segmento. Queremos promover novas palestras para enriquecer a discussão", analisa o gestor Eduardo Melo, da área de Economia Criativa do Sebrae no Rio de Janeiro.
A nova forma de financiamento foi tema da palestra "Crowd funding: financiamento colaborativo para projetos audiovisuais", realizada nessa segunda-feira (11), na sede do Sebrae no Rio de Janeiro, no centro da cidade.
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