sábado, 16 de julho de 2011

Calote dos EUA

Obama lembra acordos difíceis de antecessores por causa de dívida

Em seu discurso de rádio, Obama ressaltou que cedeu em assuntos "importantes para os democratas" a fim de chegar a acordo que moratória

 
Barack Obama, presidente dos EUA: com dívida atual, governo "funciona" até 2 de agosto
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lembrou neste sábado os momentos em que seus antecessores na Casa Branca tiveram de fazer "sacrifícios" para alcançar acordos e instou os republicanos a encontrar uma saída à crise de dívida.

Em seu tradicional discurso de rádio aos sábados, Obama ressaltou que cedeu em assuntos "importantes para os democratas" a fim de chegar a um acordo que evite os Estados Unidos entrarem em moratória em 2 de agosto, e que espera "o mesmo dos republicanos".

"Além do mais, já trabalhamos juntos anteriormente. Ronald Reagan trabalhou com (o ex-presidente democrata da Câmara de Representantes) Tip O'Neill e outros democratas para cortar despesas, elevar a receita federal e reformar a saúde", lembrou o presidente.

Obama assinalou que seu companheiro de partido Bill Clinton, presidente entre 1992 e 2000, "trabalhou com (o ex-presidente republicano da Câmara de Representantes) Newt Gingrich e a maioria republicana para equilibrar o orçamento e criar acréscimos".

Nesses casos, "ninguém alcançou tudo o que queria. Mas trabalharam juntos. E fizeram o país avançar", destacou o líder.

O líder mostrou-se "comprometido" a fazer "o que se espera dele e trabalhar "duro" para elevar o teto da dívida, que chega a US$ 14,29 trilhões, e encontrar um plano adequado para cortar o déficit.

"Precisaremos de um enfoque equilibrado, com sacrifícios compartilhados, e disposição para tomar decisões impopulares para todos nós", assinalou.

Obama reconheceu que não faria algumas das concessões anunciadas, como os cortes dos programas médicos e de seguridade social "se estivéssemos em uma melhor situação fiscal", e pediu aos líderes republicanos no Congresso que sigam a mesma filosofia.

"Se vamos pedir aos idosos, aos estudantes, às famílias de classe média que se sacrifiquem, temos de pedir às corporações e aos americanos mais ricos que compartilhem desse sacrifício", considerou.

O presidente referia-se sobre a alta de impostos para os mais ricos que contempla seu plano de redução de déficit, e que os republicanos rejeitam categoricamente.

Em entrevista coletiva na sexta-feira, Obama reiterou seu ultimato ao Congresso para que apresente um plano "sério" entre as próximas "24 e 36 horas", e considerou que os negociadores não deveriam "estar tão perto da data limite" do dia 2 de agosto, quando o país entrará em descumprimento de suas obrigações fiscais. EFE

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