Senado cassa mandato de Demóstenes Torres
Plenário entendeu que senador quebrou o decoro parlamentar por manter relações estreitas com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira
Essa é a segunda vez que um senador é cassado na história do País. Antes de Demóstenes, o senador Luiz Estevão, do Distrito Federal, em 2000, teve seu mandato cassado pelo envolvimento no desvio de verbas na construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
Com a decisão do Senado, Demóstenes Torres fica inelegível até fevereiro de 2027, de acordo com a Lei da Ficha Limpa - da qual o senador foi relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Ele só poderá concorrer a cargos públicos, portanto, em 2028.
Acusação
Na abertura da sessão desta quarta-feira, o relator do processo no Conselho de Ética, o senador Humberto Costa (PT-PE), e o relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Pedro Taques (PDT-MT), tiveram mais tempo e falaram por 20 minutos cada.
Em sua fala, Costa contestou uma das frases que Demóstenes usou em sua defesa na tribuna nos últimos dias: "Mentir não é quebrar o decoro parlamentar". "Não é normal nem aceitável que se possa mentir ao Parlamento e à sociedade brasileira", afirmou o relator.
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