Produtores de cachaça querem ampliar o consumo
Uma das principais barreiras à cachaça brasileira no exterior se encontra na falta de padronização do produto, em termos de rótulo e embalagem
Barris de cacachaça no museu da Ypióca
São Paulo - Os produtores brasileiros de cachaça querem aproveitar a visibilidade que o País vai conquistar com a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 para incentivar o crescimento do consumo da bebida no mercado internacional. Apesar de ser a terceira bebida destilada mais consumida do mundo, perdendo para a vodca e o sochu (da Coreia do Sul), o Brasil exporta apenas algo como 1% de sua produção anual, de cerca de 1,3 bilhão de litros, segundo o Centro Brasileiro de Referência da Cachaça (CBRC).
Uma das principais barreiras à cachaça brasileira no exterior se encontra na falta de padronização do produto, em termos de rótulo e embalagem. "Queremos incentivar os produtores com cursos de qualificação, em parceria com governos, para que a cachaça brasileira atenda aos níveis de exigência dos mercados internacionais", disse Mendes. A ideia do presidente do CBCR é começar a trazer grupos de compradores estrangeiros à feira paulistana, a partir do ano que vem.
Outra dificuldade a ser superada é em relação à penetração das marcas brasileiras no exterior. "Até bem pouco tempo, cerca de metade da exportação era a granel, para abastecer outras marcas lá fora, que não eram brasileiras. Ainda sofremos com esse problema, mas queremos reverter essa situação", conta, acrescentando que ainda falta escala de produção no País para atender aos pedidos do exterior.
Segundo Mendes, a cachaça nacional, sobretudo a envelhecida, vem conquistando visibilidade no exterior ao participar e ganhar prêmios internacionais em festivais de degustação da bebida. "Os grandes distribuidores de bebidas do mundo começaram a colocar a cachaça em seus portfólios de venda", diz. Como comparação, o México produz aproximadamente 260 milhões de litros de tequila e exporta metade desse volume.
A feira retorna a São Paulo após seis anos sendo realizada apenas em Minas Gerais, nos últimos 15 anos. O objetivo da mudança é o de ampliar a presença da bebida nos principais mercados consumidores brasileiros. Em Minas Gerais, a última edição do evento, em junho passado, trouxe 100 mil visitantes e movimentou de R$ 17 milhões em negócios.
"Precisamos organizar os pequenos produtores para que ganhem escala e atinjam grandes mercados", diz Mendes. Segundo a CBRC, são cerca de 40 mil produtores e quatro mil marcas registradas. "Esse grande número de marcas, de certa forma, dificulta a inserção de todas nos grandes centros de vendas."
No Brasil, o mercado da cachaça, que incluiu equipamentos, insumos agrícolas, serviços e a venda das bebidas, movimenta em torno de R$ 7 bilhões. Entre as bebidas destiladas, é a líder em vendas no País com uma participação de mercado de 86%, seguida do uísque e o conhaque, estima o CBRC.
"Quando os turistas chegarem para os eventos esportivos dos próximos anos, os restaurantes, os bares e os hotéis têm de estar preparados, com cardápios adaptados, para dar a maior visibilidade possível à bebida. Essa será a grande vitrine da cachaça brasileira", diz José Lúcio Mendes, presidente do CBRC. Cerca de 150 marcas, de 40 produtores nacionais, estarão sendo expostas, entre 6 e 11 de setembro, no Mercado Municipal de São Paulo, durante a Expocachaça Dose Dupla.
Uma das principais barreiras à cachaça brasileira no exterior se encontra na falta de padronização do produto, em termos de rótulo e embalagem. "Queremos incentivar os produtores com cursos de qualificação, em parceria com governos, para que a cachaça brasileira atenda aos níveis de exigência dos mercados internacionais", disse Mendes. A ideia do presidente do CBCR é começar a trazer grupos de compradores estrangeiros à feira paulistana, a partir do ano que vem.
Outra dificuldade a ser superada é em relação à penetração das marcas brasileiras no exterior. "Até bem pouco tempo, cerca de metade da exportação era a granel, para abastecer outras marcas lá fora, que não eram brasileiras. Ainda sofremos com esse problema, mas queremos reverter essa situação", conta, acrescentando que ainda falta escala de produção no País para atender aos pedidos do exterior.
Segundo Mendes, a cachaça nacional, sobretudo a envelhecida, vem conquistando visibilidade no exterior ao participar e ganhar prêmios internacionais em festivais de degustação da bebida. "Os grandes distribuidores de bebidas do mundo começaram a colocar a cachaça em seus portfólios de venda", diz. Como comparação, o México produz aproximadamente 260 milhões de litros de tequila e exporta metade desse volume.
A feira retorna a São Paulo após seis anos sendo realizada apenas em Minas Gerais, nos últimos 15 anos. O objetivo da mudança é o de ampliar a presença da bebida nos principais mercados consumidores brasileiros. Em Minas Gerais, a última edição do evento, em junho passado, trouxe 100 mil visitantes e movimentou de R$ 17 milhões em negócios.
"Precisamos organizar os pequenos produtores para que ganhem escala e atinjam grandes mercados", diz Mendes. Segundo a CBRC, são cerca de 40 mil produtores e quatro mil marcas registradas. "Esse grande número de marcas, de certa forma, dificulta a inserção de todas nos grandes centros de vendas."
No Brasil, o mercado da cachaça, que incluiu equipamentos, insumos agrícolas, serviços e a venda das bebidas, movimenta em torno de R$ 7 bilhões. Entre as bebidas destiladas, é a líder em vendas no País com uma participação de mercado de 86%, seguida do uísque e o conhaque, estima o CBRC.
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