O Brasil foi muito além das expectativas e projeções. Jogando na casa do inimigo, em Mal del Plata, derrotou a chamada "Geração Dourada" da Argentina em grande jogo nesta quarta-feira, pelo Pré-Olímpico de basquete masculino. A seleção esteve quase sempre à frente do placar, mas tomou um sufoco no final, fechando o jogo por 73 a 71. O resultado quebrou um jejum de 16 anos em Mundiais e Pré-Olímpicos.
Se vencer Porto Rico na quinta-feira, o time brasileiro avança às semifinais com a melhor campanha, para pegar, no sábado, um adversário teoricamente mais fraco em busca da vaga olímpica que não vem desde 1996. Exatamente um ano atrás, o Brasil havia perdido para a Argentina nas oitavas de final do Mundial da Turquia, em Istambul.
Na ocasião, o grande nome do jogo foi o argentino Luis Scola, que fez 37 pontos. Nesta noite, ele até foi o cestinha da partida, com 24 pontos, mas não conseguiu ser decisivo. Muito melhor jogou Rafael Hettsheimer, dono de 19 pontos, sempre em momentos decisivos. Além disso, a defesa brasileira mostrou amadurecimento, marcou muito bem as principais jogadas da rival e foi soberana na maior parte da partida.
Brasileiros superaram a chamada 'Geração Dourada' da Argentina | Foto: Maxi Failla / AFP / CP
Logo no primeiro toque na bola, Andres Nocioni, um dos grandes nomes argentinos, tropeçou em Tiago Splitter ao pisar no chão após a bola ao alto, torceu o tornozelo e deixou a quadra para não mais voltar. Com facilidade no garrafão, tudo que o Brasil arriscava era cesta. Tanto que o time brasileiro abriu 14 a 8. Quando começou a errar demais, passou cinco minutos sem pontuar, levou o empate, mas conseguiu fechar o primeiro quarto com vantagem de 19 a 17.
No segundo quarto, tudo deu errado - para os dois times. O Brasil tentou nove arremessos de três e errou todos. Splitter deixou a quadra com cinco arremessos, todos errados. Mas Luis Scola também não conseguia jogar bem. Mesmo assim, a Argentina fechou o primeiro tempo com vantagem de 28 a 27.
Na volta do intervalo, o Brasil voltou mais consciente. Parou de arriscar demais da linha dos três e passou a tentar mais à média distância. Voltou à frente do placar e não deixou mais a Argentina igualar. Se Scola melhorou seu aproveitamento, Rafael Hettsheimer respondia à altura, com aproveitamento de nove acertos em onze tentativas de quadra. Foi ele também que recebeu a maioria das faltas de Scola, o que eliminou o argentino dos minutos finais.
Nos últimos segundos, a Argentina começou a acertar tudo que tentava, tirou a diferença, mas o Brasil soube bater bola, ser eficiente no ataque e vencer por dois pontos de diferença.
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