Em Porto Alegre, petista sugere apoio ao PDT ou ao PCdoB
VALTER CAMPANATO /ABR/JC
Lula (d) considera São Paulo a capital número 1 para o PT
Em troca de aliança ampla na capital paulista, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer que a legenda abra mão de candidaturas próprias em locais-chave, entre eles Porto Alegre. A ação inclui negociação para apoiar aliados na Capital gaúcha e acordo pela reeleição de Eduardo Paes (PMDB), no Rio de Janeiro.
O esforço do ex-presidente Lula para mobilizar a candidatura de Fernando Haddad (PT) à prefeitura de São Paulo subordina a lógica de montagem dos palanques do PT em capitais estratégicas na eleição de 2012.
Lula definiu a Grande São Paulo e outras cinco capitais no País como foco de sua atuação e, nesses lugares, deve se empenhar para influenciar sobre qual deverá ser o candidato do PT os casos em que o partido deve sacrificar candidatos em nome de alianças.
Os vetores a nortear as conversas de Lula são dois: repetir a aliança que dá suporte à presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília, no maior número possível de grandes cidades e vencer o PSDB em redutos nos quais os tucanos são mais fortes, como em São Paulo e Minas.
A primeira preocupação norteou o inédito - em se tratando do historicamente PT do Rio - acordo para a reeleição de Eduardo Paes na capital fluminense. Ao ceder ao PMDB a cabeça de chapa em um dos estados mais importantes politicamente, Lula - que já esteve com Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes para selar o acordo - espera reciprocidade do parceiro em outras praças.
Lula quer que o PT desista de ser cabeça de chapa em Porto Alegre e Belo Horizonte. Na Capital gaúcha, a disputa pode servir para vitaminar, de novo, o rol de apoio a Fernando Haddad em São Paulo.
Lula tenta convencer o PT gaúcho - que tem pelo menos três pré-candidatos (vereador Adeli Sell, ministra Maria do Rosário e o deputado estadual Raul Pont) - a negociar apoio ao prefeito José Fortunati (PDT) ou à deputada Manuela d'Ávila (PCdoB), cujos partidos poderiam, em troca, desistir de ter candidatos em São Paulo.
Já na sucessão em Belo Horizonte, a articulação é para que o partido mantenha a coligação com o prefeito Márcio Lacerda (PSB), se possível sem o PSDB.
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