Depois dos PCs, Bill Gates se propõe a reinventar os WCs
Fundação está investindo milhões de dólares em subsídios para que os vasos sanitários sejam reinventados
Vaso sanitário: objetivo dos investimentos de Bill Gates é melhorar saneamento
Washington - Anos depois de reinventar os computadores e criar os PCs, o magnata da Microsoft Bill Gates voltou sua atenção para os vasos sanitários.
A Fundação de Bill e Melinda Gates está investindo milhões de dólares em subsídios para desenvolvedores reinventarem o vaso sanitário, afirmou o diretor dos programas de água, higiene e sanitarismo da Gates Foundation, Frank Rijsberman, à AFP.
O objetivo é melhorar a saúde nos países em desenvolvimento dando um lugar higiênico e seguro às 2,6 bilhões de pessoas que não têm acesso a banheiros, ou têm que dividir um, disse Rijsberman em um discurso na conferência pan-africana de sanitarismo realizada na capital da Ruanda, Kigali.
No entanto, a Fundação Gates quer mudar a ideia de banheiro conhecida no ocidente - a descarga que consome vários litros de água desperdiçados no sistema de esgoto - porque não é uma solução viável nos países pobres.
"Nós precisamos reinventar o vaso sanitário. Precisamos desenvolver uma nova tecnologia que não desperdice água potável, que não jogue pelo ralo em encanamentos caros que desperdiçam muito dinheiro em estações de tratamento para tirar o coco da água", disse Rijsberman.
Para estimular a reinvenção do WC, a Fundação Gates, na 'AfricaSan conference' em Kigali, anunciou 42 milhões de dólares em subsídios para inovações em captura e armazenamento de dejetos, e para desenvolver maneiras de processar, como Rijsberman chama, o "cocô" em energia e fertilizantes.
"Nós precisamos aprender a não pensar no cocô como restos inúteis, mas em uma matéria prima que podemos reciclar ao custo de poucos centavos por dia", declarou.
A Fundação Gates espera que os investimentos em inovações sanitárias resulte em vários protótipos dentro de um ano, e que em três anos uma nova marca de vasos sanitários esteja disponível nos mercados dos países em desenvolvimentos, segundo Rijsberman.
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