Juliano Tatsch
Fechado desde abril de 2009, o Hospital Independência deverá estar aberto novamente para o atendimento à população em 90 dias. Ou seja, a partir da segunda metade do mês de outubro, as dependências da instituição estarão recebendo pacientes.
A garantia foi dada ontem pelo Secretário Municipal da Saúde, Carlos Casarteli, durante o anúncio da entidade que irá administrar o antigo hospital da Ulbra. A Sociedade Sulina Divina Providência, dona dos hospitais Divina Providência, em Porto Alegre, São José, em Arroio do Meio, e Santa Isabel, no município de Progresso, irá realizar a gestão do Independência. "Dentro de 30 dias esperamos assinar o contrato e, em 90 dias, o hospital deve estar funcionando", afirmou o secretário.
O hospital, inicialmente, irá abrir com 60 leitos, sendo 30 para traumatologia e 30 para atender a dependentes químicos. Na sequência, serão disponibilizados mais 15 leitos de traumatologia. Até o final do ano que vem todos os 100 leitos devem estar aptos.
Em torno de 500 profissionais serão contratados para trabalhar no local, que irá realizar todo o seu atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS). "Isso é muito importante. Será um hospital 100% SUS", destacou o prefeito José Fortunati. Para ele, o fato de haver a exigência de que a instituição realizasse todo o seu atendimento pelo SUS foi uma das razões para que somente duas entidades demonstrassem interesse em assumir o hospital. "A equação financeira para a viabilidade econômica disso não é muito tranquila. Elogio o Divina Providência por isso, pois assumiu a responsabilidade sabendo da dificuldade existente", ressaltou Fortunati.
Para voltar a funcionar, o Independência necessitará de um investimento inicial de até R$ 5 milhões, para reformas na estrutura física e recuperação e compra de equipamentos. A abertura deve resultar no desafogamento da emergência do Hospital de Pronto Socorro e do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, para os quais o hospital servirá de retaguarda. "Em um primeiro momento, não está previsto o atendimento de urgência", afirma o diretor-executivo do Hospital Divina Providência, Darci Mallmann.
Conforme o prefeito da Capital, a reabertura do Independência representará o início da mudança de um quadro que se estabeleceu na cidade já há alguns anos. "A lógica dos últimos anos tem sido a do fechamento de leitos em todo o País e Porto Alegre não é uma exceção. Até o final de 2012 teremos também a abertura do Luterano e a inauguração do Hospital da Restinga", observou. "Acabou a fase em que se fechavam leitos em Porto Alegre", reforçou Casarteli.
De acordo com Fortunati, 55% dos atendimentos realizados na cidade são de pessoas que não residem em Porto Alegre. Somente 45% do atendimento na rede da Capital é de porto-alegrenses. Outros 30% vem da Região Metropolitana e os 25% restantes são oriundos do Interior ou de outros estados. "Houve um desmantelamento da saúde pública no Interior. Estamos discutindo com o governo do estado e com o Ministério da Saúde um modo de recompor o sistema no Interior para diminuir a pressão aqui", diz.
Conforme a secretaria, a informatização da rede irá trazer mais controle sobre o uso dos leitos, na medida em que proporcionará a total regulação do serviço. Atualmente, 35% dos leitos do SUS na Capital são regulados pela prefeitura. "Queremos chegar ao final deste ano com 100% dos leitos regulados", enfatiza Casarteli.
Para o prefeito, a regulação completa irá acabar com os vícios que existem na estrutura da saúde pública. "Até hoje não temos o pleno domínio das internações. Dependemos da boa vontade do gestor do hospital. Com a informatização e a regulação completa, vamos terminar com o apadrinhamento, com o jeitinho, com a família do paciente amiga do médico ou de políticos", destaca.
A garantia foi dada ontem pelo Secretário Municipal da Saúde, Carlos Casarteli, durante o anúncio da entidade que irá administrar o antigo hospital da Ulbra. A Sociedade Sulina Divina Providência, dona dos hospitais Divina Providência, em Porto Alegre, São José, em Arroio do Meio, e Santa Isabel, no município de Progresso, irá realizar a gestão do Independência. "Dentro de 30 dias esperamos assinar o contrato e, em 90 dias, o hospital deve estar funcionando", afirmou o secretário.
O hospital, inicialmente, irá abrir com 60 leitos, sendo 30 para traumatologia e 30 para atender a dependentes químicos. Na sequência, serão disponibilizados mais 15 leitos de traumatologia. Até o final do ano que vem todos os 100 leitos devem estar aptos.
Em torno de 500 profissionais serão contratados para trabalhar no local, que irá realizar todo o seu atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS). "Isso é muito importante. Será um hospital 100% SUS", destacou o prefeito José Fortunati. Para ele, o fato de haver a exigência de que a instituição realizasse todo o seu atendimento pelo SUS foi uma das razões para que somente duas entidades demonstrassem interesse em assumir o hospital. "A equação financeira para a viabilidade econômica disso não é muito tranquila. Elogio o Divina Providência por isso, pois assumiu a responsabilidade sabendo da dificuldade existente", ressaltou Fortunati.
Para voltar a funcionar, o Independência necessitará de um investimento inicial de até R$ 5 milhões, para reformas na estrutura física e recuperação e compra de equipamentos. A abertura deve resultar no desafogamento da emergência do Hospital de Pronto Socorro e do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, para os quais o hospital servirá de retaguarda. "Em um primeiro momento, não está previsto o atendimento de urgência", afirma o diretor-executivo do Hospital Divina Providência, Darci Mallmann.
Conforme o prefeito da Capital, a reabertura do Independência representará o início da mudança de um quadro que se estabeleceu na cidade já há alguns anos. "A lógica dos últimos anos tem sido a do fechamento de leitos em todo o País e Porto Alegre não é uma exceção. Até o final de 2012 teremos também a abertura do Luterano e a inauguração do Hospital da Restinga", observou. "Acabou a fase em que se fechavam leitos em Porto Alegre", reforçou Casarteli.
Solução passa por reestruturação no Interior e informatização da rede
Para a prefeitura de Porto Alegre, duas ações podem reduzir bastante os problemas enfrentados pela rede de atendimento público de saúde da cidade: a reestruturação do sistema no Interior do Estado e a completa informatização da rede da Capital. Das duas situações, somente a segunda deve estar próxima de se tornar realidade.De acordo com Fortunati, 55% dos atendimentos realizados na cidade são de pessoas que não residem em Porto Alegre. Somente 45% do atendimento na rede da Capital é de porto-alegrenses. Outros 30% vem da Região Metropolitana e os 25% restantes são oriundos do Interior ou de outros estados. "Houve um desmantelamento da saúde pública no Interior. Estamos discutindo com o governo do estado e com o Ministério da Saúde um modo de recompor o sistema no Interior para diminuir a pressão aqui", diz.
Conforme a secretaria, a informatização da rede irá trazer mais controle sobre o uso dos leitos, na medida em que proporcionará a total regulação do serviço. Atualmente, 35% dos leitos do SUS na Capital são regulados pela prefeitura. "Queremos chegar ao final deste ano com 100% dos leitos regulados", enfatiza Casarteli.
Para o prefeito, a regulação completa irá acabar com os vícios que existem na estrutura da saúde pública. "Até hoje não temos o pleno domínio das internações. Dependemos da boa vontade do gestor do hospital. Com a informatização e a regulação completa, vamos terminar com o apadrinhamento, com o jeitinho, com a família do paciente amiga do médico ou de políticos", destaca.
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