Propaganda brasileira premiada em Cannes é acusada de promover pedofilia; agência nega
Dois anúncios da representante brasileira da fabricante de carros sul-coreana Kia geraram controvérsia após conquistarem o Leão de Prata no festival internacional de Cannes, voltado ao mercado publicitário. Tudo porque o conteúdo das propagandas foi considerado pedófilo por alguns profissionais do ramo e veículos de comunicação estrangeiros.
Produzido pela agência brasileira Moma, os anúncios (clique em um deles na imagem abaixo) trazem histórias em quadrinhos criadas para apresentar um novo dispositivo. "O conceito da campanha é o de enfatizar o principal atributo do ar condicionado Dual Zone, que oferece temperaturas diferentes dentro do mesmo veículo", conforme explicou a Moma ao Opera Mundi.
Em uma das peças, há um diálogo entre um professor e uma aluna, aparentemente cursando o ensino fundamental. "Professor, obrigada por ficar até mais tarde comigo hoje", diz a garota. Já no lado esquerdo do anúncio impresso, a menina dá lugar a uma garota mais velha e atraente e o professor, folgando a gravata, responde: "Que isso...é um prazer". Após a garotinha oferecer uma maçã, o professor, no lado direito da página, morde a fruta exclamando "hmmm...que delícia...como é suculenta". A propaganda termina com o professor, do lado esquerdo, sugerindo que comecem a lição, enquanto do lado direito a mulher diz "que tal...anatomia?".
Na outra peça, o diálogo acontece no universo do célebre conto de fadas "Bela Adormecida"
O blog especializado em propaganda COPYRANTER classificou a propaganda da KIA MOTORS do Brasil de "suja" e lamentou que os publicitários tenham recorrido a este tipo de conteúdo para anunciar o produto. "O que você espera quando virtualmente 100% do júri é formado por homens", comentou o autor do site em referência ao Leão de Prata conquistado. Já o site norte-americano THE HUFFINGTON criou uma ENQUETE para que os leitores opinem se a propaganda da KIA tem conteúdo pedófilo ou não. Até o momento, mais de 67% dos votantes a consideram "nojenta".
O site AUTOMOTIVE NEWS trouxe declarações da KMA (Kia Motors America), que condenou o anúncio: "Estamos fazendo o possível para informar o consumidor e a mídia que não foi a Kia Motors America que aprovou o anúncio e que, da mesma forma que os consumidores americanos, consideramos as peças totalmente ofensivas e inapropriadas", afirmou Michael Sprague, vice-presidente de Marketing e Comunicação da KMA.
A mensagem da propaganda, de acordo com a Moma, "foi dramatizada em cartoon, para a mídia impressa, mostrando justamente estes opostos, de quente e frio. São duas histórias independentes, diferentes, sobre situações parecidas". De acordo com a agência de publicidade, sediada em São Paulo, "a independência das histórias é reforçada pelo recorte do anúncio e os traços dos cartoons, visivelmente distintos."
A Moma lamentou a polêmica levantada em torno das peças – avaliadas por 32 pessoas de diversas nacionalidades em Cannes e que "não levantaram qualquer polêmica” no momento da avaliação. “Jamais houve a intenção de gerar questionamentos envolvendo um assunto tão importante e sério como este. A Moma também lamenta por ter colocado seu cliente Kia no centro desta discussão e assume total responsabilidade pela campanha."
A mensagem da propaganda, de acordo com a Moma, "foi dramatizada em cartoon, para a mídia impressa, mostrando justamente estes opostos, de quente e frio. São duas histórias independentes, diferentes, sobre situações parecidas". De acordo com a agência de publicidade, sediada em São Paulo, "a independência das histórias é reforçada pelo recorte do anúncio e os traços dos cartoons, visivelmente distintos."
A Moma lamentou a polêmica levantada em torno das peças – avaliadas por 32 pessoas de diversas nacionalidades em Cannes e que "não levantaram qualquer polêmica” no momento da avaliação. “Jamais houve a intenção de gerar questionamentos envolvendo um assunto tão importante e sério como este. A Moma também lamenta por ter colocado seu cliente Kia no centro desta discussão e assume total responsabilidade pela campanha."
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