Carga tributária é o principal problema para indústria gaúcha
Pesquisa da FIERGS mostra as principais dificuldades enfrentadas pelo setor no primeiro trimestre
Os três principais problemas enfrentados pela indústria gaúcha nos três primeiros meses de 2013 foram a elevada carga tributária (57,5%), a competição acirrada de mercado (45,9%) e a falta de trabalhador qualificado (34,2%). O resultado da Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) foi divulgado, nesta segunda-feira, pelo presidente da entidade, Heitor José Müller.
— Nesse contexto não muito animador, as expectativas para o futuro ficaram menos otimistas, mais ainda indicam uma tendência de crescimento moderado — afirmou, destacando que diminuiu o impacto negativo dos tributos na comparação com o trimestre anterior (68%), repercutindo as medidas de desoneração implementadas pelo governo.
As condições financeiras das indústrias gaúchas iniciaram o ano pior do que terminaram 2012. No primeiro trimestre de 2013, a insatisfação com o lucro se manteve e o acesso ao crédito ficou mais difícil, atingindo 46 pontos e 45 pontos, respectivamente. Além disso, o aumento dos custos com matérias-primas se disseminou entre as empresas, com o índice avançando a 65 pontos.
Para os próximos seis meses, as perspectivas de demanda permanecem otimistas (61 pontos), contudo o indicador caiu 1,9 ponto em relação à pesquisa anterior. Esperam aumento dos pedidos 48,6% das empresas e 9% projetam queda. As demais afirmaram que não haverá alteração. Já as expectativas com as exportações ficaram levemente positivas (51,8 pontos) e bem abaixo ao registrado em março (57 pontos). As projeções futuras também sugerem um avanço moderado no emprego (53,9 pontos) e na compra de matérias-primas (58,7 pontos).
O levantamento varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e quanto mais abaixo, pessimismo.
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