A gigante de alimentos suíça Nestlé disse ter encontrado, por meio de exames de DNA, carne de cavalo em produtos que haviam sido adquiridos da subsidiária da JBS na Bélgica, a JBS Toledo.
Os alimentos processados, no entanto, foram produzidos pela alemã H.J.Schypke, contratada pela JBS para atender à Nestlé, que retirou massas produzidas com carne de cavalo de prateleiras na Itália e na Espanha.
Segundo a JBS, a Nestlé sabia que a carne partia da Schypke, que enviava o produto diretamente à suíça.
A JBS informou que cancelou contrato com a alemã e que o abastecimento à Nestlé, a partir de agora, será feito por unidades da própria companhia fora da Europa.
BRASIL
O Brasil possui um abatedouro de cavalo, mas exporta toda a sua produção. Em 2012, os embarques atingiram 2,4 mil toneladas, o equivalente a US$ 6,8 milhões. A Bélgica foi o principal destino, com 64% do total.
Apesar de ser produzida para exportação, o Ministério da Agricultura diz que não há risco de a carne de cavalo ser misturada à bovina no Brasil.
Para ser processada, qualquer carne precisa ter comprovação de origem, dada por meio do SIF (Serviço Federal de Inspeção).
A fiscalização é feita no abatedouro por uma equipe do ministério e o produto só pode sair do estabelecimento após ser registrado no sistema. Ao chegar à fábrica para ser processada, a carne passa por nova fiscalização para controle de origem.
A carne de cavalo não apresenta risco à saúde. O problema, na Europa, é a falta de informação sobre a origem do animal.
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