quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Não há reajuste de combustível no horizonte, diz Mantega

Não há reajuste de combustível no horizonte, diz Mantega

Mais cedo, ministro de Minas Energia, Edison Lobão, havia afirmado que "existe a possibilidade, não existe a decisão" sobre aumento para dar saúde financeira à Petrobras

Agência Brasil
Mantega é presidente do Conselho da Petrobras
 
Após as ações da Petrobras fecharem em forte alta nesta quarta-feira, repercutindo a fala do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, sobre a possibilidade de mais um aumento no preço da gasolina neste ano, o Ministério da Fazenda afirmou que não há perspectiva de reajuste no horizonte.
Por meio de nota à imprensa, o ministro Guido Mantega (Fazenda), que é o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, disse ainda que não garantiu ao comando da estatal reajuste de preços dos derivados.

As ações preferenciais da Petrobras fecharam em alta de 4,59%, a R$ 21,18, e as ordinárias avançaram 5,43%, a R$ 22,14, enquanto o Ibovespa subiu 2,1%.

Os ganhos nos papéis da estatal também seguiram nesta quarta-feira tendência registrada desde que a Petrobras fez uma espécie de "faxina contábil" após anunciar o primeiro prejuízo em mais de 13 anos, e depois de a diretoria reafirmar que buscará novos aumentos nos derivados em busca da paridade para os preços do combustíveis, segundo analistas ouvidos pela Reuters.

A alta ocorreu apesar de Lobão ter destacado que não há nada definido sobre o aumento.

"Existe a possibilidade, não existe a decisão", disse Lobão a jornalistas, acrescentando que o aumento é importante para a saúde financeira da Petrobras.

A alta está sendo discutida pelo Ministério da Fazenda e pelo Ministério de Minas e Energia, segundo Lobão, para que primeiro se chegue a um número ante de se tomar a decisão. A nota de Mantega não deu mais detalhes.

Já Lobão admitiu ainda a orientação do governo de esperar um pouco para realização do aumento de forma a não haver impacto na inflação.

Segundo o ministro, o aumento que foi dado no preço da gasolina em junho, de 7,8% , não chegou ao consumidor em função da redução da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), mas ele não compensa a defasagem que a Petrobras tem em relação aos preços internacionais.

Um novo aumento na gasolina agora acabaria tendo efeito na inflação, considerando que a Cide foi zerada.

A defasagem dos preços dos combustíveis foi apontada como um dos motivos, mas não o principal, para o prejuízo registrado pela estatal no segundo trimestre, o primeiro em mais de 13 anos.
"Não vislumbramos nenhum instrumento que socorra (a Petrobras), senão um aumento", disse o ministro. "Mas a preocupação com o governo na inflação também é permanente", completou.

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