Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco do Brasil está preparando uma guinada em seu projeto de internacionalização, com o objetivo de marcar posição como uma marca financeira global nos próximos anos.

A ofensiva considera planos de expansão mais abrangentes na América Latina, podendo incluir o México, alternativas para entrada na África e uma possível joint venture com um sócio estrangeiro na área de banco de investimento.

"A meta do BB é ser um banco global no médio prazo", disse nesta quarta-feira à Reuters o vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank do BB, Paulo Rogério Caffarelli. "Vamos ser a Petrobras financeira."

O banco estatal deflagrou a campanha de expansão no exterior após a crise de 2008, comprando em 2010 o controle do Banco Patagônia, da Argentina, e adquirindo o Eurobank, há um ano, nos Estados Unidos, onde pretende ter 400 mil clientes.

Além dos alvos já revelados pela instituição em países vizinhos, como Colômbia, Peru e Chile, o banco também enxerga possibilidades de atuação mais ampla, estendendo para toda a América Latina, incluindo o México, segundo o executivo.

"Nosso foco é em países com perfil de expansão parecida com a do Brasil", disse Caffarelli. Devido a essa orientação, planos de entrar no varejo bancário da Europa, estão fora do radar.

Fora da América Latina, o próximo destino para ter operações de varejo é a África. Mas o banco estuda alternativas ao acordo anunciado em agosto de 2010, que previa uma joint venture com Bradesco e o português Banco Espírito Santo.

"Podemos entrar sozinhos ou com outro sócio", disse.