Clinton manifesta interesse em livre comércio com o Brasil
Declaração foi dada durante encontro com empresários brasileiros em Brasília. Secretária de Estado apoia aspiração brasileira ao Conselho de Segurança, mas diz que reforma também depende da vontade de outros países.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, mencionou nesta segunda-feira (16/04), em Brasília, a possibilidade de um acordo de livre comércio entre o Brasil e os Estados Unidos, para uma relação mais próxima entre os dois países.
"Pensando numa relação mais profunda, mais duradoura [entre Brasil e EUA], é claro que ela implica um maior crescimento e precisamos resolver certos problemas, como eliminar a dupla tributação e considerar um acordo de livre comércio, no futuro", declarou Clinton depois de um encontro promovido pela CNI (Connofederação Nacional da Indústria).
"Acredito que podemos fazer muito mais, que o potencial para mais comércio, mais crescimento, mais emprego começa a ser explorado apenas agora", disse Clinton, adiantando que uma delegação dos Estados Unidos será enviada em breve ao Brasil para discutir possíveis parcerias na área da inovação tecnológica.
Conselho de Segurança
Mais tarde, após um encontro com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a secretária de Estado manifestou simpatia às aspirações brasileiras por um assento no Conselho de Segurança da ONU, mas disse que uma reforma do órgão depende também da vontade de outros países.
"Não podemos imaginar um Conselho de Segurança no futuro que não inclua um país como o Brasil, com todo o progresso que tem desenvolvido. Os Estados Unidos admiram, sem dúvidas, o papel de liderança que o Brasil desempenha e compreendem a vontade de ter um assento permanente", disse a secretária.
"Acreditamos que o Conselho de Segurança terá sua formação atualizada ao século 21, para que reflita o mundo que existe hoje, não o mundo que existia quando ele foi formado. Acreditamos que os Estados Unidos têm mostrado real comprometimento com essa reforma. Também entendemos que, até que outros países se comprometam com a reforma, não faremos o progresso que precisamos", disse.
A estrutura atual do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi formada do final da Segunda Guerra Mundial. Cinco países ocupam vagas permanentes no órgão: Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra. Há, ainda, dez vagas rotativas, ocupadas por outros países por um período de dois anos.
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