quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Homens têm salário 40% superior às mulheres no RS

Censo aponta que Porto Alegre tem o maior número de pessoas morando sozinhas entre as capitais

Dados do Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira confirmam tendências históricas no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens ganham mais do que as mulheres e a diferença salarial é ainda maior entre os que se declaram brancos em relação aos negros. A distorção atinge 40% no Estado – a média salarial dos trabalhadores do sexo masculino é de R$ 1.480,00 e a das trabalhadoras, R$ 1.062,00. Na Capital, a população declarada branca tem rendimentos médios 129% superiores à negra.

Outra realidade do Estado é a caminhada cada vez mais rápida para uma taxa de crescimento próxima de zero. O IBGE estima que o Brasil chegue neste índice em 2030 e no Rio Grande do Sul, em menos de uma década. “O Estado lidera o ranking nacional de casais sem filhos e ocupa a segunda colocação na proporção de casais com apenas um filho”, afirmou o supervisor de Informações do IBGE Ademir Koucher.

Porto Alegre tem o maior número de pessoas morando sozinhas entre as capitais brasileiras, com média inferior a duas pessoas por domicílio em bairros como o Centro e a Cidade Baixa. “O saldo migratório do RS é historicamente negativo. Tudo isso soma-se à alta expectativa de vida e chegamos cada vez mais perto da taxa de crescimento populacional zero”, frisou. Indicadores sociais, como taxas de analfabetismo e saneamento básico, também estão no relatório.

Saneamento e analfabetismo

O índice de saneamento inadequado, por exemplo, caiu de 10,6% para 4% dos domicílios entre 2000 e o ano passado – uma redução de 62% na proporção de casas sem ao menos uma forma considerada adequada de saneamento. Isso envolve abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica e lixo coletado direta ou indiretamente.

O índice de analfabetismo teve queda de um terço no Rio Grande do Sul na última década. Segundo o Censo 2010, 383.277 gaúchos com mais de 15 anos não sabem ler e escrever. Os idosos seguem como a faixa etária mais atingida por esta condição: 13,5% das pessoas com mais de 60 anos é analfabeta no Estado. Ainda assim, a taxa gaúcha é menor do que a brasileira, que tem 9,6% de analfabetos.

Destaque negativo para o município de Lagoão, no Vale do Rio Pardo, onde o analfabetismo atinge 20,1% dos habitantes. Do outro lado, Morro Reuter, no Vale do Sinos, e Feliz, no Vale do Caí, estão perto de erradicar o problema. Nas duas cidades, apenas 1% da população que não sabe ler e escrever.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vai sair de linha em 2019

Vai sair de linha!  Confira quais carros serão retirados do mercado em 2019 Listamos sete automóveis que deverão sair do mercado ou ganha...