União Europeia concorda com aumento de 2% no orçamento de 2012
Por Charlie Dunmore
BRUXELAS, 19 de novembro (Reuters) - Negociadores da União
Europeia concordaram com um aumento de dois por cento no orçamento do grupo para
o ano que vem, para 129 bilhões de euros (174 bilhões de dólares), depois de
mais de quinze horas de conversações, que acabaram nas primeiras horas da manhã
de sábado.
O acordo foi encarado como uma vitória para os países carentes
de dinheiro e que estão lutando contra a crise financeira europeia, os quais se
opuseram à demanda dos legisladores da União Europeia para aumentar o orçamento
em mais de 5 por cento..
Algumas autoridades da UE disseram que limitar o aumento do
orçamento, diante da previsão da inflação do ano que vem, pode deixar a União
Europeia sem condições de pagar suas dívidas e ameaçar a sua classificação de
crédito AAA.
'Esse é, claramente, um orçamento austero, já que a maioria dos
países membros está enfrentando uma grave crise financeira', disse o Comissário
de Orçamentos da União Europeia, Janusz Lawandowski, que havia proposto
inicialmente, um aumento de cinco por cento, para os gastos de 2012.
'Existe agora um sério risco de que a Comissão Europeia fique
sem fundos, no decorrer do próximo ano, e que portanto, não seja capaz de honrar
todas as suas obrigações financeiras com os beneficiários dos fundos da UE,'
disse ele.
Isso acontece porque ao concordar em limitar suas contribuições
para o orçamento da UE para 129 bilhões de euros para o próximo ano, os governos
cederam às demandas do Parlamento Europeu de permitir que os compromissos de
gastos da UE para o ano que vem cheguem a 147 bilhões de euros.
'Os compromissos de hoje se transformam no pagamentos de
amanhã, portanto, eles estão realmente jogando um jogo muito perigoso,' disse
uma autoridade da União Europeia.
Mais de dois terços do orçamento da UE são gastos em subsídios
para os agricultores e fundos de ajuda regionais, que financiam a construção de
estradas, projetos de limpeza do meio-ambiente e outros projetos.
As conversações sobre os gastos da UE para 2012 estão sendo
vistos como um prelúdio para uma briga mais intensa sobre o orçamento do grupo,
a longo prazo, para o período de 2014 - 2020.
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