Supermercados gaúchos prometem repassar corte de impostos
Neste final de semana, a Agas estuda a medida que determina as desonerações, anunciadas pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira
Se a orientação for recalcular o preços dos itens que já estão no estoque, os produtos nas prateleiras devem ficar mais baratos na terça-feira Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS
Erik Farina
O corte de impostos federais sobre os produtos que compõem a cesta básica deverá chegar ao bolso dos consumidores gaúchos até quarta-feira. As remarcações de preços de 16 itens nos supermercados devem começar na tarde de segunda-feira. Neste final de semana, a Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas) estuda a medida que determina as desonerações, anunciadas pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira, para avaliar se o desconto pode ser aplicado aos produtos em estoque ou se será necessário aguardar novas remessas da indústria. A previsão é que nesta segunda-feira haja uma definição, a ser informada imediatamente aos proprietários de supermercados.
Se a orientação for recalcular o preços dos itens que já estão no estoque, os produtos nas prateleiras devem ficar mais baratos na terça-feira. Caso contrário, os descontos ocorrerão entre quarta-feira e a próxima segunda, conforme as mercadorias forem repostas.
– O interesse dos supermercados é repassar o mais rápido possível o benefício aos consumidores – afirma o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.
O discurso de Longo repete o posicionamento que supermercadistas de todo o país têm assumido. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, afirmou que o varejo deve fazer repasses da desoneração. No entanto, o percentual das reduções de preços irá depender da metodologia de cada agente, explicou Yamada. Longo garante que no Estado o repasse será integral.
Para evitar que os supermercados absorvam o corte de impostos como lucro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, agendou uma reunião para amanhã, às 16h, com os líderes do setor para pressionar o repasse dos descontos. O encontro havia sido marcado, primeiramente, para a sexta-feira passada, dia do anúncio da desoneração da cesta básica, mas acabou remarcado para o início desta semana.
Comparecerão representantes das grandes redes que operam no Brasil, como Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart, pelo lado do varejo. Neste domingo, o Grupo Pão de Açúcar informou que começará a vender os itens com preços reduzidos a partir de segunda-feira. O percentual de redução de preços que chegará ao consumidor não foi divulgado.
O anúncio do governo ocorreu em um momento em que a inflação ameaça alcançar o teto da meta do governo, de 6,5%. Especialistas explicam que as desonerações deverão reduzir a pressão inflacionária porque envolve produtos com alto peso no cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Estima-se que as mercadorias da cesta básica sejam utilizadas por 90% da população. A LCA Consultores calcula que o alívio será de 0,4 ponto percentual neste ano.
Os produtos envolvidos
A lista de mercadorias que terão isenção de PIS/Cofins e IPI:
Carnes (bovina, suína, aves, peixes, ovinos e caprinos)
Café
Óleo
Manteiga
Açúcar
Papel higiênico
Pasta de dentes
Sabonete
Leite essencial
Feijão
Arroz
Farinha de trigo ou massa
Batata
Legumes
Pão
Frutas
O que caiu?
PIS/COFINS - De 9,25% para zero
Carnes, café, óleo, manteiga, açúcar e papel higiênico
De 12,5% para zero
Pasta de dentes e sabonete
IPI
De 5% para zero
Açúcar
Obs.: todos os outros itens da cesta básica já tinham isenção integral de PIS/Cofins e IPI
Se a orientação for recalcular o preços dos itens que já estão no estoque, os produtos nas prateleiras devem ficar mais baratos na terça-feira. Caso contrário, os descontos ocorrerão entre quarta-feira e a próxima segunda, conforme as mercadorias forem repostas.
– O interesse dos supermercados é repassar o mais rápido possível o benefício aos consumidores – afirma o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.
O discurso de Longo repete o posicionamento que supermercadistas de todo o país têm assumido. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, afirmou que o varejo deve fazer repasses da desoneração. No entanto, o percentual das reduções de preços irá depender da metodologia de cada agente, explicou Yamada. Longo garante que no Estado o repasse será integral.
Para evitar que os supermercados absorvam o corte de impostos como lucro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, agendou uma reunião para amanhã, às 16h, com os líderes do setor para pressionar o repasse dos descontos. O encontro havia sido marcado, primeiramente, para a sexta-feira passada, dia do anúncio da desoneração da cesta básica, mas acabou remarcado para o início desta semana.
Comparecerão representantes das grandes redes que operam no Brasil, como Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart, pelo lado do varejo. Neste domingo, o Grupo Pão de Açúcar informou que começará a vender os itens com preços reduzidos a partir de segunda-feira. O percentual de redução de preços que chegará ao consumidor não foi divulgado.
O anúncio do governo ocorreu em um momento em que a inflação ameaça alcançar o teto da meta do governo, de 6,5%. Especialistas explicam que as desonerações deverão reduzir a pressão inflacionária porque envolve produtos com alto peso no cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Estima-se que as mercadorias da cesta básica sejam utilizadas por 90% da população. A LCA Consultores calcula que o alívio será de 0,4 ponto percentual neste ano.
Os produtos envolvidos
A lista de mercadorias que terão isenção de PIS/Cofins e IPI:
Carnes (bovina, suína, aves, peixes, ovinos e caprinos)
Café
Óleo
Manteiga
Açúcar
Papel higiênico
Pasta de dentes
Sabonete
Leite essencial
Feijão
Arroz
Farinha de trigo ou massa
Batata
Legumes
Pão
Frutas
O que caiu?
PIS/COFINS - De 9,25% para zero
Carnes, café, óleo, manteiga, açúcar e papel higiênico
De 12,5% para zero
Pasta de dentes e sabonete
IPI
De 5% para zero
Açúcar
Obs.: todos os outros itens da cesta básica já tinham isenção integral de PIS/Cofins e IPI
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