Governo estadual define nesta quarta-feira piso regional
Aumento deverá ser de pelo menos 8%, indica Piratini, enquanto sindicalistas defendem 13% e empresários, em torno de 6%
O projeto de lei que estabelece o reajuste será encaminhado à tarde para a Assembleia Legislativa pelo governador Tarso Genro. Até terça-feira à noite, o governo trabalhava para definir um percentual que não ficasse tão distante da reivindicação das centrais sindicais, de 13%, nem da pretensão dos empresários, de recompor somente a inflação deste ano (cerca de 6%).
– Buscamos um equilíbrio entre as reivindicações, tendo como premissa a valorização do piso regional diante do salário mínimo – diz Marcelo Danéris, secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Ou seja, o reajuste deve ficar acima dos 8% concedidos ao salário nacional. Outros pontos a serem definidos são a inclusão de categorias em novas faixas e a data de vigência do reajuste. Centrais dos trabalhadores pedem 1º de janeiro, para acompanhar a política nacional, enquanto os empresários querem a data-base de 1º de março.
Seja qual for o índice ou a data escolhida pelo governo, deve haver chiadeira, de um lado ou de outro – ou de ambos. Desde que foi criado, há 13 anos, o mínimo gaúcho provoca queda de braço entre sindicalistas e empresários. Todos os anos a discussão se arrasta por meses, desde a primeira reunião até a votação no Legislativo.
– Isso porque o Estado não tem um critério de reajuste geral e todos os anos temos de negociar algo que poderia ter previsibilidade – critica Claudir Nespolo, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS).
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