O Burger King deverá chegar ao fim do ano com 300 pontos de venda (lojas e quiosques) no País, após abrir 100 unidades e investir R$ 140 milhões em 2012, segundo estimativa do diretor-presidente do BK do Brasil, Iuri Miranda. Atualmente, a rede tem 260 pontos de venda em 18 Estados.
O crescimento, acelerado a partir do ano passado, é necessário para dar conta de atingir a meta de mil unidades até 2016, definida após a criação do BK do Brasil. Representante no Brasil da rede de fast food americana, maior concorrente global do McDonald's, a empresa é uma joint venture entre a matriz e o fundo de private equity Vinci Partners.
O mercado do Rio de Janeiro é um bom exemplo dessa aceleração. No ano passado, a rede tinha oito lojas na região metropolitana. Hoje, são 28, e a perspectiva é encerrar o ano com 40, gerando 2 mil novos empregos. No Brasil todo, serão 11 mil funcionários até o fim do ano.
Para Miranda, as metas são factíveis porque o crescimento do consumo no Brasil vai continuar e a marca tem boa aceitação entre os consumidores brasileiros. "Pela própria dinâmica da sociedade, as pessoas comem cada vez mais fora de casa", disse Miranda ontem, na inauguração de uma loja de 650 metros quadrados no Centro do Rio.
Sem divulgar dados sobre faturamento, o executivo tampouco quis citar metas intermediárias de crescimento antes de 2016. Segundo ele, o fator determinante para a aceleração do crescimento da rede no Brasil foi a criação da master franqueada, em junho do ano passado.
À época não foi revelado o valor do aporte da Vinci Partners, gestora de recursos baseada no Rio e que tem entre os donos Gilberto Sayão, ex-sócio do banco Pactual. A participação acionária de cada um dos sócios do BK do Brasil não é revelada.
No início deste ano, o Burger King do Brasil comprou as 78 lojas nos Estados de São Paulo e Rio que pertenciam ao grupo BGK, comandado pelo empresário Luiz Eduardo Batalha - que trouxe a marca para o País, em 2004. O valor dessa operação tampouco foi divulgado oficialmente, mas foi estimada em R$ 200 milhões, considerando o valor aproximado de R$ 2,5 milhões por loja. Hoje, metade das unidades da rede no Brasil está nas mãos de franqueados.
Em setembro de 2010, a matriz do Burger King foi comprada, por US$ 3,3 bilhões, pelo fundo 3G Capital, sediado em Nova York, mas controlado pelos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, que também formam um dos grupos de controle da AB Inbev - maior cervejaria do mundo e dona da Ambev.
Na avaliação de Miranda, no entanto, o fato de os donos do Burger King serem brasileiros influi apenas indiretamente, pois o fato de conhecerem o mercado nacional "facilita o diálogo". Nem mesmo a parceria comercial de exclusividade com a Pepsi - distribuída no Brasil pela Ambev - estaria relacionada. Segundo Miranda, a parceria, que inclui refrigerantes fabricados pela Ambev, foi firmada no início de 2011, por ter "condições comerciais mais favoráveis".
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