Euro sobe após eleição grega apontar governo pró-euro
Alta foi registrada na abertura dos mercados asiáticos, após a sinalização de vitória do partido conservador Nova Democracia nas eleições parlamentares deste domingo na Grécia
Na abertura dos negócios no mercado cambial da Nova Zelândia o euro havia ultrapassado a barreira de US$ 1,27, depois de ter fechado em US$ 1,2640 na sexta-feira (15).
O partido conservador Nova Democracia liderava a contagem parcial dos votos depositados durante as eleições gerais na Grécia e deverá ser incumbido de formar uma nova coalizão de governo. Apurados 50% dos votos o partido liderava com 30,23%, proporção que deve lhe render 130 cadeiras no Parlamento.
A coalizão de esquerda radical Syriza, que já admitiu a derrota, figurava em segundo lugar com 26,35%, o que deve lhe render pelo menos 70 cadeiras. O Partido Socialista (Pasok) estava na terceira posição, com 12,62%, e deve ver sua bancada reduzida a 34 cadeiras. Já o Esquerda Democrática aparecia 6,05% dos votos, com possibilidade de eleger 16 deputados.
O líder da coalizão de esquerda radical Syriza, Alexis Tsipras, admitiu a derrota de sua coligação para o partido conservador Nova Democracia nas eleições realizadas neste domingo na Grécia. Tsipras disse que o Syriza atuará a partir de agora como uma força "honrosa de oposição", praticamente descartando qualquer possibilidade de participação de alguma espécie de governo de unidade.
A continuidade da valorização do euro dependerá de o partido Nova Democracia conseguir formar um novo governo rapidamente e angariar uma sólida coalizão para o pacote de austeridade.
"Somando os votos do Pasok ao do Nova Democracia, uma coalizão que é amplamente a favor do pacote de resgate poderá ser formada", disse o estrategista de câmbio do banco francês Société Générale, Sebastien Galy, em nota enviada a clientes. "Há uma boa probabilidade de um novo governo poder ser formado na próxima semana", disse o estrategista.
Esse desfecho é favorável à volta do apetite para ativos de risco, incluindo o euro e os títulos da dívida de países da periferia da zona do euro. "Contudo, a melhora no humor não deverá durar muito, uma vez que o resultado das eleições ainda deixará a economia da Grécia em crise, e a Espanha não está muito atrás", observou Galy.
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