Chery busca parceiros para começar a produzir no Brasil
Montadora chinesa acelera o passo para não sofrer com IPI sobre importados
Divulgação
Chery Face Flex: montadora chinesa buscar fornecedores de peças no Brasil
São Paulo - A montadora chinesa Chery anunciou mais uma medida para fugir da sobretaxa de IPI para veículos importados, anunciada pelo governo em setembro do ano passado. Nesta segunda-feira, a empresa promovou um encontro com cerca de 160 fornecedores brasileiros associados ao Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). Este foi o primeiro passo rumo à seleção de parceiros que deverão fazer parte da cadeia de suprimentos da montadora no país.
"Inicialmente o fornecedor deverá passar por um processo de validação, que vai variar conforme a peça e o grau de complexidade da produção. O tempo irá de seis meses até um ano", afirmou Alexsandro Godoy, gerente de compras e logística da Chery. A montadora ainda não definiu o número de parceiros a serem escolhidos. Até o momento, nenhum negócio foi fechado.
Para pleitearem o posto, as empresas devem apresentar certificado de qualidade ISO TS, voltado para a indústria automotiva, além de já fornecerem peças para outros fabricantes. O martelo final será batido depois de uma auditoria conduzida por uma equipe da Chery em cada uma das candidatas.
"Estamos fazendo o possível para conseguir usar essas peças no início (das atividades) da fábrica", completou Godoy, em coletiva à imprensa. Com mais de 1 milhão de metros quadrados, a planta da Chery está sendo erguida em Jacareí, interior de São Paulo, e deverá entrar em operação até o fim do ano que vem. Na primeira fase do projeto serão investidos 200 milhões de reais na unidade, que produzirá até 50.000 carros por ano. Outros 200 milhões deverão ser injetados em um segundo momento com o intuito de ampliar essa capacidade para 150.000 veículos.
Segundo o vice-presidente da Chery Brasil, Luis Curi, os preços dos carros deverão sofrer um impacto positivo com a produção local. "A experiência com nossa fábrica no Uruguai foi bastante válida para sentirmos a diferença de produção na China e na América do Sul", disse Curi.
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