Ministério Público ajuiza ação pedindo suspensão da cobrança de pedágio pela EGR em Venâncio Aires
Promotoria pede que a estatal apresente um plano de investimentos e projeto com serviços de guincho e ambulância em trecho da RSC-287
Segundo o promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto, responsável pela ação judicial, a medida se justifica pelo “retrocesso” nos serviços prestados atualmente pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), em comparação com os que eram feitos pela Santa Cruz Rodovias. A concessionária era responsável pelo trecho de 77 quilômetros entre Santa Cruz do Sul e Tabaí, alvo da ação, até junho. No mês seguinte, a estatal assumiu o local.
— O Estado está cobrando por um serviço que não vem sendo prestado. Desde que assumiu, não fez nenhum investimento na rodovia e não oferece atendimento de socorro nem guincho — afirma Porto.
Ainda conforme o promotor, a operação tapa-buracos realizada na semana passada na RSC-287 representa uma “improvisação” e uma “manobra diversionista”, e que teria sido feita, inclusive, de forma amadora. Além disso, Porto ressalta que a redução em 25% na tarifa, que passou a ser de R$ 5,20, não justifica a suposta “não prestação de serviços”.
Caso a ação seja julgada procedente pela Justiça, o governo terá de apresentar, em 30 dias, um projeto de prestação de serviços de guincho e ambulância e um plano de reinvestimento no asfaltamento. No prazo de 60 dias, esse projeto deverá ser implantado.
A pena prevista no documento, em caso de descumprimento, é de R$ 100 mil por dia. Além disso, motoristas que comprovarem danos provocados pela má-qualidade da rodovia poderão ser ressarcidos.
— A medida se refere apenas à praça de Venâncio Aires, que é onde a nossa promotoria atua. Mas vou disponibilizar a ação para os demais colegas que queiram replicá-la em suas regiões pedagiadas — acrescenta Porto.
Contata, a EGR afirma que não vai se manifestar sobre o assunto até ser oficialmente notificada.
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