O que pode resultar da compra da CCE pela Lenovo
A Lenovo, segunda maior fabricante de PCs no mundo, está comprando a brasileira CCE. Veja o que pode resultar disso
Divulgação/Lenovo
Computador da Lenovo: a empresa é a segunda maior fabricante de PCs no mundo, atrás apenas da HP
São Paulo — A Lenovo, segunda maior fabricante de PCs no mundo e uma das que mais crescem, deve anunciar a compra da brasileira CCE nesta quarta-feira, como o jornalista Tiago Lethbridge, da revista EXAME, revelou com exclusividade no blog Primeiro Lugar On-Line. As duas empresas vinham negociando desde o fim do ano passado. O anúncio será feito pelo presidente global da Lenovo, Yang Yuanquing.
O fato é que as duas empresas se complementam e a compra da CCE se encaixa no histórico recente da Lenovo, que registra uma série de aquisições. Um relatório divulgado em julho pelo Gartner Group usa abundantemente a palavra “agressiva” ao descrever os movimentos da Lenovo no mercado. Vejamos um trecho:
“A Lenovo tem sido muito agressiva ao expandir-se por meio de uma série de aquisições, assim como por meio de preços agressivos. A expansão agressiva da Lenovo abalou o desempenho de suas concorrentes, especialmente a HP e a Dell, roubando participação no mercado delas.”
A Lenovo ganhou seu perfil atual em 2005, quando a chinesa Legend Holdings comprou a divisão de computação pessoal da IBM. A empresa usa, até hoje, em alguns de seus tablets e notebooks, a marca ThinkPad, criada pela IBM 20 anos atrás. Segundo o Gartner, a companhia chinesa teve participação de 14,7% no mercado mundial de PCs no segundo trimestre deste ano. Isso é 15% mais do que ela tinha um ano antes.
Com o crescimento, a Lenovo encostou na HP, a primeira colocada no ranking, com 14,9% do mercado. Considerando a trajetória das duas, não vai ser surpresa se a Lenovo emergir como líder mundial no terceiro trimestre. No Brasil, seu foco tem sido, até agora, os clientes corporativos. Embora estejam presentes nas redes de varejo, os laptops e PCs de mesa da marca são mais atraentes para empresas.
A CCE, ao contrário, está voltada para o consumidor, especialmente o da nova classe média. Sua linha de produtos inclui televisores, equipamentos de som e vídeo, celulares e fornos de micro-ondas. A divisão CCE Info produz PCs de mesa, laptops e o tablet Wintouch. A empresa pertence ao grupo Digibras, que tem uma fábrica em São Paulo e outra em Manaus. Seu site na web descreve esta última como o maior parque fabril da região de Manaus, com mais de 180 mil m² de área construída.
Os detalhes da aquisição devem ser revelados nesta quarta-feira. Não se sabe, por exemplo, se a Lenovo está comprando o grupo Digibras inteiro ou apenas parte dele. Se a aquisição incluir todas as divisões, é provável que a marca CCE seja mantida num primeiro momento. Ao mesmo tempo, a marca Lenovo deve se voltar mais para o consumidor. E, naturalmente, com as fábricas adquiridas, a companhia chinesa deve expandir sua produção no Brasil. Ela vai continuar, como diria o Garner Group, agressiva.
O fato é que as duas empresas se complementam e a compra da CCE se encaixa no histórico recente da Lenovo, que registra uma série de aquisições. Um relatório divulgado em julho pelo Gartner Group usa abundantemente a palavra “agressiva” ao descrever os movimentos da Lenovo no mercado. Vejamos um trecho:
“A Lenovo tem sido muito agressiva ao expandir-se por meio de uma série de aquisições, assim como por meio de preços agressivos. A expansão agressiva da Lenovo abalou o desempenho de suas concorrentes, especialmente a HP e a Dell, roubando participação no mercado delas.”
A Lenovo ganhou seu perfil atual em 2005, quando a chinesa Legend Holdings comprou a divisão de computação pessoal da IBM. A empresa usa, até hoje, em alguns de seus tablets e notebooks, a marca ThinkPad, criada pela IBM 20 anos atrás. Segundo o Gartner, a companhia chinesa teve participação de 14,7% no mercado mundial de PCs no segundo trimestre deste ano. Isso é 15% mais do que ela tinha um ano antes.
Com o crescimento, a Lenovo encostou na HP, a primeira colocada no ranking, com 14,9% do mercado. Considerando a trajetória das duas, não vai ser surpresa se a Lenovo emergir como líder mundial no terceiro trimestre. No Brasil, seu foco tem sido, até agora, os clientes corporativos. Embora estejam presentes nas redes de varejo, os laptops e PCs de mesa da marca são mais atraentes para empresas.
A CCE, ao contrário, está voltada para o consumidor, especialmente o da nova classe média. Sua linha de produtos inclui televisores, equipamentos de som e vídeo, celulares e fornos de micro-ondas. A divisão CCE Info produz PCs de mesa, laptops e o tablet Wintouch. A empresa pertence ao grupo Digibras, que tem uma fábrica em São Paulo e outra em Manaus. Seu site na web descreve esta última como o maior parque fabril da região de Manaus, com mais de 180 mil m² de área construída.
Os detalhes da aquisição devem ser revelados nesta quarta-feira. Não se sabe, por exemplo, se a Lenovo está comprando o grupo Digibras inteiro ou apenas parte dele. Se a aquisição incluir todas as divisões, é provável que a marca CCE seja mantida num primeiro momento. Ao mesmo tempo, a marca Lenovo deve se voltar mais para o consumidor. E, naturalmente, com as fábricas adquiridas, a companhia chinesa deve expandir sua produção no Brasil. Ela vai continuar, como diria o Garner Group, agressiva.
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