Greve de professores já atinge 48 instituições de ensino superior
A greve dos professores das instituições federais de ensino já
atinge 46 universidades e dois institutos de ensino tecnológico, segundo
levantamento do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (Andes-SN).
A principal reivindicação dos grevistas é a revisão do plano de
carreiras. O sindicato defende que o atual modelo não permite uma evolução
satisfatória do professor ao longo da profissão. A greve já dura mais de 15
dias.
No ano passado, o governo fechou um acordo com a categoria. Ele
previa a revisão do plano de carreiras para 2013, além de um aumento de 4%, a
partir de março, e a incorporação de gratificações. Os dois últimos pontos já
foram concedidos, mas o novo plano continua pendente.
Na última semana, o comando de greve tinha uma reunião de
negociação marcada no Ministério do Planejamento, mas o encontro foi adiado pelo
próprio governo. O sindicato diz que não recebeu nenhuma justificativa para o
cancelamento da reunião. O ministério informou, por meio da Assessoria de
Imprensa, que o encontro foi apenas adiado por razões de 'agenda' e será
remarcado.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez um apelo para
que os professores retomem suas atividades e justificou o atraso nas negociações
por causa da morte, em janeiro, do secretário executivo do Ministério do
Planejamento, Duvanier Costa, que era responsável pela negociação salarial de
todo o serviço público federal.
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