Comprar imóvel novo ou usado?
Analise as vantagens e desvantagens de ambos os casos e
veja qual é a melhor opção para você.
Comprar uma casa ou um
apartamento é o projeto de vida da maioria dos brasileiros. Acertar na compra
significa realizar um sonho. Contudo, a tarefa é difícil e sempre há muitas
dúvidas sobre o que vale ou não a pena. A primeira incerteza começa na hora de
optar entre um imóvel novo ou usado, mas acredite: há vantagens e desvantagens
nos dois casos. Confira:
IMÓVEIS NOVOS
Vantagens:
- Projeto e itens de lazer: atualmente, os lançamentos
trazem algumas modernidades que valorizam o imóvel, como, por exemplo, área de
lazer com piscinas, academia, salão de jogos, lan houses, garagem para mais de
um carro. Nos apartamentos há mais tomadas, e todas já são adaptadas aos padrões
do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(Conmetro), acesso para ar-condicionado e uma planta mais inteligente, que tende
por valorizar cada espaço do imóvel.
Desvantagens:
- Preço: o preço de um imóvel novo chega a ser até 30%
mais caro que um usado no mesmo padrão e é difícil negociar com o proprietário
ou construtora. “Normalmente, os corretores trabalham com preço fechado de
tabela”, diz especialista em direito imobiliário Renata Capuzzo.
- Tamanho: apesar de melhor aproveitadas, as plantas de um
imóvel novo costumam ser menores que a de um imóvel usado. “Enquanto um
apartamento de três dormitórios em um edifício com mais de 15 anos tem
aproximadamente 120m², os novos medem, em média, 80 m²”, aponta Renata.
IMÓVEIS USADOS
Vantagens:
- Preço: além de serem normalmente mais baratos, os
imóveis usados ainda têm uma boa margem de negociação de preço. “No caso do
imóvel usado, muitas vezes, o proprietário precisa vendê-lo para pagar uma
dívida, porque quer mudar de cidade ou pensa em investir em outro imóvel ou
negócio”, diz Renata.
- Tamanho: a desvantagem do imóvel novo aparece aqui como
uma vantagem do imóvel usado. Plantas e ambientes espaçosos são mais comuns em
imóveis antigos.
Desvantagens:
- Condições do imóvel: quanto mais antigo o imóvel, maior
a necessidade (e os gastos) de manutenção. Por isso, fique atento à conservação
do imóvel usado: verifique parte elétrica e hidráulica, portas e objetos de
madeira, pintura, infiltrações, rachaduras, manchas escuras nas paredes, limpeza
etc., tanto do imóvel em si, quanto do condomínio, em caso de apartamento. Se
houver problemas, faça as contas de quanto custariam os consertos necessários e
analise se vale a pena.
- Reforma: imóvel antigo é mais espaçoso, mas a planta,
normalmente, é mal aproveitada para os padrões atuais. Verifique se o imóvel vai
precisar de reforma para ficar do jeito que você deseja e inclua esse orçamento
nas suas contas.
- Documentação e financiamento: em imóveis usados, a
documentação pode ser um problema. Se ela não estiver em ordem, pode prejudicar
o financiamento, por isso a consultora recomenda atenção na hora de financiar um
imóvel usado: “É bem mais trabalhoso e requer cuidados redobrados”, garante.
Para não cometer falhas e evitar dores de cabeça, Renata sugere que os
compradores fiquem atentos aos seguintes documentos: Certidão de Ônus Reais do
Imóvel, fornecido pelo Cartório de Registro de Imóveis e considerado um dos
documentos mais importantes, pois informa se existe alguma restrição em relação
à venda do imóvel, como pendência judicial, hipoteca, penhor, entre outros;
Certidão Negativa de Tributos Municipais, Estaduais e Federais; Certidão
Negativa de Débitos Condominiais; Certidão de Interdições e Tutelas; cópia da
escritura e do registro do imóvel; Certidão de Propriedade; Certidões Pessoais
do Vendedor; comprovante de pagamento das contas de luz, água e esgoto (e demais
taxas, quando existentes) dos últimos meses; e documentação completa do
proprietário do imóvel, válido para as pessoas físicas e jurídicas.
Localização, valorização e contrato
Em qualquer caso, independente de o imóvel ser novo ou usado, um dos
fatores primordiais deve ser levado em consideração é a localização. “O local
onde o imóvel está instalado é de fundamental importância e é o fator crucial
que determinará sua valorização”, diz Renata.
O contrato de compra e venda também é outro item que precisa de muita
atenção. Antes de finalizar a compra, examine o documento, a fim de garantir o
entendimento de todas as cláusulas. Em caso de dúvidas, solicite o trabalho de
um advogado especializado, que o certificará de que todas as normas combinadas
estão descritas no contrato.
“Fechado o negócio, exija uma via do contrato original, solicitando o
registro do compromisso de compra e venda ou da escritura definitiva, se o
pagamento foi concluído”, finaliza Renata.
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