Por verba de barragem, PE enfrentou guerra jurídica para ficar adimplente
Ao repassar R$ 22,7 milhões para a construção de barragens em Pernambuco, na obra que marcou o privilégio ao Estado do ministro Fernando Bezerra Coelho, o Ministério da Integração Nacional não apenas pegou carona em gasto extra autorizado para amenizar efeitos das cheias nas Regiões Sul e Sudeste como também enfrentou uma batalha jurídica.
No momento, o governo de Pernambuco ainda tenta regular sua
situação nos cadastros da União, por meio de ação protocolada em 27 de dezembro
no Supremo Tribunal Federal, e cancelar o registro de inadimplência.
No final de novembro, a Procuradoria do Estado obteve uma
liminar para suspender temporariamente o registro de inadimplente - que
representava um obstáculo à liberação de verbas da União, conforme determina a
Lei de Responsabilidade Fiscal. A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2011 exige
a verificação do cadastro apenas no ato de assinatura do convênio.
O dinheiro foi liberado no mesmo dia - 7 de dezembro - em que o
resultado da liminar foi comunicado oficialmente ao governo. Liberados para o
governo de Pernambuco, os quase R$ 23 milhões que dominaram os pagamentos do ano
do Programa de Prevenção de Desastres do Ministério da Integração permitiram o
início das obras de construção das barragens de Panelas 2 e dos Gatos.
Essas duas barragens são parte de um complexo de cinco
barragens planejadas pelo governo de Pernambuco para evitar cheias dos rios Una
e Sirinhaém. Ajudam, além disso, a garantir o abastecimento de água e até à
implantação de projetos de criação de peixes.
O custo total é estimado em R$ 650 milhões. O governo federal
se comprometeu a pagar a metade desse valor, informa o ministro Fernando Bezerra
Coelho. As inaugurações devem ocorrer até 2013.
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